Associado ao erro humano está o resvalar para outra evolução, que é a moral, em nome da qual falamos em correto e incorreto. O erro humano é inevitável. Errar faz parte da condição humana. Somos falíveis por natureza. O erro nos faz elevar para outro nível de desenvolvimento: moral e ética. Tomo como primeira referência literária a Ética a Nicómaco de Aristóteles.
Ao errar, não evoluímos apenas tecnicamente ou cognitivamente, evoluímos moralmente. O erro funciona como um gatilho para reflexão ética. A moral surge como um sistema que julga os nossos atos. A partir dessa evolução moral, passamos a classificar ações como corretas ou incorretas, boas ou más, de acordo com princípios que construímos social e individualmente.
A frase em epígrafe sugere que o erro não é apenas falha, mas um mecanismo que leva o ser humano a desenvolver consciência moral, e é essa consciência que nos faz usar categorias como “certo” e “errado”. Ou seja, dizer "correto" está mais ligado à moral; e dizer errado está mais ligado à ciência (no sentido amplo do termo ciente). E o sentido moral é uma espécie de upgrade da mente humana. Quando usamos correto/incorreto em um sentido moral, estamos avaliando comportamentos segundo valores, normas, princípios. Ex.: “É correto ajudar alguém em dificuldade.” Aqui não falamos de verdade ou falsidade, mas de juízo ético. “Errado” ligado à ciência (sentido amplo de “saber”) –tem um outro registo. No domínio do conhecimento, “erro” é uma inadequação entre o que pensamos e o que é a realidade. Ex.: “É errado dizer que a Terra é plana.”
Errado aqui não é imoral = é simplesmente falso, inverídico ou inconsistente. Em português costumamos usar “erro” com mais facilidade em campo cognitivo e “correto” com mais frequência em campo moral. Esse deslizamento semântico é justamente o que a frase original aborda. A moral como um “upgrade” da mente humana está dentro da ideia de que o ser humano primeiro erra (cognitivamente, biologicamente, socialmente); depois reflete sobre as consequências; disso surge um segundo nível: a consciência moral. A moral funciona como uma camada extra da mente que permite não apenas perceber a realidade, mas avaliar ações segundo o que deveria ser, não só segundo o que é. É um “upgrade” porque adiciona capacidade de autorregulação, permite viver em sociedade de modo mais complexo, e cria critérios abstratos (justiça, dever, responsabilidade).
O erro é uma característica intrínseca à condição humana. No entanto, ele não se limita a uma falha cognitiva; é também o impulso que nos conduz a um nível superior de reflexão. Enquanto o “erro” no sentido científico indica uma discordância entre pensamento e realidade, o “correto” se insere no domínio da ética, avaliando ações segundo valores, deveres e princípios. Dessa forma, a consciência moral surge como uma espécie de evolução da mente humana: um “upgrade” que nos permite não apenas compreender o mundo, mas também julgar as nossas ações e escolhas, estabelecendo distinções entre certo e errado que transcendem a mera veracidade dos fatos.
Errar é a marca do humano, e nesse deslize se esconde a semente de nossa elevação. O erro, enquanto falha diante do mundo, não é mero fracasso: é convite à reflexão. O “incorreto” da ciência revela apenas a distância entre o nosso saber e a realidade; o “correto” da moral, por outro lado, aponta-nos para horizontes mais altos, onde valores e deveres se entrelaçam com a consciência. Assim, a moral emerge como um sopro que amplia a mente, um upgrade invisível que transforma cada falha em aprendizagem. Errar é humano; julgar é moral. No contraste entre o falso e o correto, a mente se expande e a consciência se eleva. O erro nos toca, a moral nos transforma. Entre o que é e o que deve ser, crescemos e nos descobrimos.
O erro é uma característica intrínseca à condição humana. No entanto, ele não se limita a uma falha cognitiva; é também o impulso que nos conduz a um nível superior de reflexão. Enquanto o “erro” no sentido científico indica uma discordância entre pensamento e realidade, o “correto” se insere no domínio da ética, avaliando ações segundo valores, deveres e princípios. Dessa forma, a consciência moral surge como uma espécie de evolução da mente humana: um “upgrade” que nos permite não apenas compreender o mundo, mas também julgar as nossas ações e escolhas, estabelecendo distinções entre certo e errado que transcendem a mera veracidade dos fatos.
Errar é a marca do humano, e nesse deslize se esconde a semente de nossa elevação. O erro, enquanto falha diante do mundo, não é mero fracasso: é convite à reflexão. O “incorreto” da ciência revela apenas a distância entre o nosso saber e a realidade; o “correto” da moral, por outro lado, aponta-nos para horizontes mais altos, onde valores e deveres se entrelaçam com a consciência. Assim, a moral emerge como um sopro que amplia a mente, um upgrade invisível que transforma cada falha em aprendizagem. Errar é humano; julgar é moral. No contraste entre o falso e o correto, a mente se expande e a consciência se eleva. O erro nos toca, a moral nos transforma. Entre o que é e o que deve ser, crescemos e nos descobrimos.
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