terça-feira, 9 de agosto de 2022

Nagasaki. 9 de agosto de 1945





Em 9 de agosto de 1945, é uma hora e cinquenta e seis minutos, enquanto numerosos bombardeiros americanos partiam para um ataque aéreo maciço contra alvos militares na ilha de Honshu, um segundo bombardeiro especial, o Bock’s Car, levantou voo na ilha de Tinian, transportando a segunda bomba atómica. O nome homenageava o comandante do bombardeiro naval, Frederick Bock, mas, nesse voo, o aparelho foi pilotado pelo major Charles W. Sweeney. O alvo deveria ser Kokura, mas, se a cidade estivesse encoberta pelas nuvens, havia um alvo alternativo: Nagasaki.

Ao aproximar-se de Kokura, o bombardeiro deparou-se com uma cidade coberta por nuvens de vapores industriais. Como as instruções de Sweeney permitiam-lhe apenas largar a bomba contra um alvo visível, ele infletiu o voo em direção a Nagasaki. Às 11:02, nove horas após a descolagem em Tinian, uma segunda bomba atómica explodia, quinhentos metros acima da cidade. Em poucos instantes, mais de quarenta mil pessoas morreram. Outras cinco mil morreriam até ao fim do ano; passados trinta anos, o número de mortos de Nagasaki era calculado em 48.857.

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Em 8 de junho de 1945, em Tóquio, numa reunião do governo realizada na presença de Hirohito, o gabinete japonês decidiu “continuar na guerra até ao fim”. No mesmo dia, os americanos continuaram a avançar em Okinawa, pelo extremo sul da ilha, contra as posições fortificadas em Yuza Hill e os cumes de Kunishi, mas depararam-se novamente com uma resistência empenhada, cuja força ainda era formidável. Apesar do bombardeamento maciço da artilharia, os japoneses conservavam-se em suas posições, escondidos nas encostas do monte, sendo a bomba de napalm o único meio para desalojá-los, ou melhor, aniquilá-los. A decisão dos defensores japoneses causou um enorme número de baixas entre os fuzileiros. Em média, um atirador americano combateria por apenas três semanas antes de se transformar numa baixa. Em numerosas companhias das linhas da frente, todos os soldados acabavam feridos e temporariamente substituídos por outros, que por seu turno acabavam também feridos. Alguns reforços eram mortos antes que pudessem disparar um único tiro.

Em 13 de junho, durante a operação Oboé III, os australianos libertaram Brunei, no extremo Oriente. Na ilha filipina de Mindanau, a resistência organizada foi suprimida em 18 de junho; durante algum tempo, os defensores japoneses viram-se reduzidos a comer raízes e cascas de árvore. Também em 18 de junho, os bombardeiros americanos iniciaram uma série de ataques contra 23 cidades japonesas. Em Okinawa, as últimas forças nos montes Kunishi eram lentamente esmagadas. Ainda em 18 de junho, o comandante das forças americanas na ilha, general Simon Buckner, saiu de seu quartel-general no norte para presenciar o fim da batalha no sul. Enquanto assistia ao combate, foi morto por uma granada antitanque japonesa. Dois outros oficiais superiores seriam igualmente mortos ao longo das 24 horas seguintes, o coronel e comandante dos fuzileiros, Harold C. Roberts, atingido por um franco atirador, e o brigadeiro Claudius M. Easley. Ao cair da noite de 21 de junho, porém, os fuzileiros haviam chegado à entrada do posto de comando inimigo, num abrigo subterrâneo em Mabuni. Nessa noite, os dois generais japoneses que se encontravam no reduto, Ushijima e Sho, organizaram um banquete; depois, antes do romper do dia, fardaram-se, usando suas espadas e medalhas, viraram-se para o norte, na direção do palácio de Hirohito, em Tóquio, e suicidaram-se com sabres. Numa mensagem final, o general Sho escrevera: “Parto sem pena, sem vergonha, sem deveres por cumprir.”

Mais de 127 mil soldados japoneses haviam sido mortos em Okinawa, junto com oitenta mil civis habitantes da ilha. Os americanos também sofreram baixas pesadas durante a guerra: 7.613 americanos foram mortos em terra firme e outros 4.907 em ataques de pilotos suicidas e no mar – além de 36 navios de guerra afundados. Os japoneses perderam enormes forças de aviação em Okinawa: 7.800 aviões contra 763 aparelhos americanos. Por meio de banhos de sangue, como em Okinawa, por meio de grandes carnificinas, como em Luzon e em Mindanau, ou com mais facilidade, como no norte de Bornéu, os japoneses eram lenta, mas ininterruptamente, expulsos de territórios conquistados. Era evidente, para o governo japonês, que a perspetiva de pesadas baixas não impediria o avanço americano nem evitaria novos desembarques, incluindo aqueles claramente em preparação contra as ilhas japonesas. 

Em 20 de junho, Hirohito convocou o primeiro-ministro, o ministro das Relações Estrangeiras e seus chefes militares para uma conferência, assumindo uma iniciativa insólita e exortando-os a fazerem todos os esforços possíveis para terminar a guerra por meios diplomáticos. Mesmo o ministro da Guerra e o chefe do estado-maior do exército reconheceriam a lógica no apelo do imperador. Interessado numa paz negociada, o governo japonês decidiu abordar o governo soviético, pedindo-lhe que atuasse como intermediário. Os contactos foram estabelecidos pelo ministro das Relações Estrangeiras, Tojo, através do embaixador do Japão em Moscovo, Sato Naotake; sem que Tojo o soubesse, suas mensagens ultrassecretas, enviadas por rádio no aparentemente “indecifrável” código Magia, foram lidas pelos serviços especiais americanos. Infelizmente, a leitura das mensagens tornou evidente que, embora os japoneses estivessem dispostos a negociações de paz com os Estados Unidos, não aceitariam a rendição incondicional. Assim, os americanos decidiram, ainda mais resolutamente, obrigar o inimigo a ajoelhar-se. A manutenção da paz seria responsabilidade de um conselho de segurança composto pelas cinco grandes potências – Grã-Bretanha, União Soviética, Estados Unidos, China e França –, todas com direito a veto.

A 4 de julho, um novo desembarque americano em Mindanau, perto do porto de Davao, no sul das Filipinas, restringiria ainda mais a zona sob controlo japonês. No dia seguinte, o general MacArthur anunciou que fora concluída a libertação das Filipinas. Na mesma semana de vitórias aliadas sobre os japoneses, ocorreria, porém, o trágico fim da ação de uma força especial britânica composta por 23 homens e chefiada pelo tenente-coronel Ivan Lyon, que iniciara suas operações atrás das linhas japonesas na ilha de Merapas, perto de Singapura, em setembro anterior. Numa série de combates contra os japoneses, doze membros do grupo, incluindo Lyon, foram mortos e os outros onze, capturados. Um deles morreria em consequência de ferimentos recebidos. Ao fim de seis meses de cativeiro, os dez sobreviventes seriam decapitados. 

Em 11 e 12 de julho, várias toneladas de bombas de napalm foram lançadas contra as forças japonesas ainda na ilha filipina de Luzon – estando quarenta mil homens na região em torno de Kiangan. Em 12 de julho, no decurso da operação Maçã, uma força de comandos nacionalistas atacava o território continental chinês, perto de Kaiping, visando cortar linhas de comunicação japonesas. Em todas as fronteiras, mesmo naquelas que pareciam mais seguras, a Nova Ordem dos japoneses, na Ásia e no Pacífico, era arrasada.

Enquanto os ex-dirigentes nazis esperavam julgamento, uma ex-aliada da Alemanha, a Itália, declarava guerra ao Japão, num dos episódios finais da desagregação do Eixo, outrora um bloco militar tão poderoso. A data marcada para a invasão ao território japonês propriamente dito continuava a ser 1º de novembro, quando, três meses e meio antes, em 14 de julho, alguns navios de guerra americanos, entre os quais o Massachusetts, iniciaram o bombardeamento de certos alvos específicos nas ilhas japonesas. O objetivo, durante o primeiro dia, foram as fábricas de aço imperiais em Kamaishi. No dia seguinte, partindo de Nápoles, um primeiro navio americano iniciava a transferência de tropas da Europa para o Pacífico. A medida enquadrava-se nos preparativos para a invasão no 1º de novembro.

Os japoneses, que sabiam apenas que a data dos desembarques americanos em Kyushu e Honshu não estaria longe, começavam a preparar-se para o confronto, mobilizando não somente as tenazes defesas que haviam utilizado no Pacífico, mas intensificando os ataques suicidas. Milhares de homens eram treinados para atuar como tripulantes de aviões e torpedeiros suicidas. Além disso, uma nova arma suicida, no formato de mina, entrava em cena: um mergulhador colocaria uma mina no casco de um navio inimigo e a explodiria, sendo destruído juntamente com o seu alvo. Os mergulhadores suicidas eram conhecidos como “fukuryu” – ou seja, dragões rastejantes. Sua principal missão seria atacar os navios de desembarque e de abastecimentos junto às praias que os americanos tinham como alvo. Em novembro, os fukuryu começaram a ser treinados, entrando no mar, com suas minas, e mergulhando até quinze metros de profundidade. Ao mesmo tempo, eram feitas experiências em abrigos submarinos de cimento, onde unidades de seis mergulhadores poderiam aguardar, durante um período de dez horas, a aproximação de forças invasoras.

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Entre aqueles que viram a explosão da bomba sobre Nagasaki, contava-se o piloto britânico Leonard Cheshire, a bordo como observador. Mais tarde, recordaria a nuvem contorcida, “obscena em sua avidez devoradora da terra, transbordando como se vomitasse toda a vida que consumira”. No momento em que a bomba explodiu sobre Nagasaki, o Supremo Conselho de Guerra do Japão estava reunido em Tóquio. A notícia reacendeu a discussão acerca da rendição incondicional do país. O conselho estava fortemente dividido: três generais eram partidários da rendição; outros três defendiam a continuação da guerra. O ministro das Relações Estrangeiras, Shigenori Tojo, votara a favor da rendição, tal como o primeiro-ministro, almirante Suzuki. Contudo, o ministro da Guerra, general Anami, fora categórico em sua recusa: «É muito cedo para termos certeza de que perdemos a guerra. É evidente que infligiremos pesadas baixas ao inimigo quando tentar invadir o Japão e não é impossível invertermos a situação, transformando a derrota em vitória. Além disso, nossos soldados não aceitarão ser desmobilizados. E como sabem que não podem render-se, como sabem que um combatente que se rende poderá receber os castigos mais duros, não há realmente alternativa a não ser continuarmos na guerra.»

O impasse era completo, mas Tojo e Suzuki estavam decididos a conter a guerra imediatamente e, durante uma reunião secreta com Hirohito, convenceram-no a convocar uma nova reunião e a presidir pessoalmente os trabalhos. A reunião aconteceu pouco depois de meia-noite, no abrigo subterrâneo do imperador. Na abertura, Suzuki leu a Declaração de Potsdam. Depois, Tojo advogou pela aceitação da proposta aliada, contanto que a posição do imperador e do trono fossem respeitadas. Suzuki defendeu a ideia de Tojo, mas o general Anami opôs-se. A discussão prolongou-se por cerca de duas horas. Por fim, Hirohito falou: «Continuar na guerra levará somente ao aniquilamento do povo japonês e ao prolongar do sofrimento de toda a humanidade. Parece evidente que a nação não tem condições de vencer a guerra e é duvidoso que possa sequer defender as suas praias.» Chegara o momento, explicou Hirohito ao conselho, de “suportar o insuportável”

O imperador aprovava a proposta de Tojo, defendendo que o Japão aceitasse a rendição incondicional. A mensagem resultante dessa decisão, aceitando formalmente a Declaração de Potsdam, foi enviada para os embaixadores japoneses na Suíça e na Suécia na manhã de 10 de agosto, a fim de ser comunicada, em seguida, aos Aliados. “O governo japonês”, dizia a mensagem, “está pronto a aceitar os termos da declaração conjunta emitida em Potsdam, em 26 de julho de 1945, pelos chefes de governo dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da China e, mais tarde, subscrita pelo governo soviético, na convicção de que os termos em causa não incluem qualquer exigência que prejudique as prerrogativas de Sua Majestade como autoridade soberana”.

Na manhã de 10 de agosto, o presidente Truman e seus conselheiros debateram se a nota referente ao imperador do Japão cabia ou não no quadro da “rendição incondicional”. Uma fórmula, concebida pelo Secretário de Estado Byrnes, estabeleceu que o Japão precisaria aceitar, a partir do momento em que se rendesse, que “a autoridade do imperador e do governo na direção do estado ficaria subordinada ao supremo comando das potências aliadas”. Na mesma manhã, enquanto começavam os contactos diplomáticos, Truman deu ordens para que não fossem lançadas novas bombas atómicas. O presidente declarou, segundo escreveu o secretário de Comércio em seu diário, que «a ideia de matar mais cem mil pessoas era terrível demais. Não lhe agradava a ideia de matar ‘todos esses rapazes’».

Na Manchúria, o Exército Vermelho avançava contra os japoneses; num duro combate em Pingyanchen, em 10 de agosto, 650 soldados japoneses, entre os 850 em ação, foram mortos ou feridos. No dia seguinte, as forças da marinha soviética iniciavam um bombardeamento à região sul da ilha Sacalina. Os contactos diplomáticos entre Tóquio e Washington, feitos ainda através de potências neutras, continuaram em 11 e 12 de agosto. Na noite desse segundo dia, a leste de Okinawa, um submarino japonês afundou o navio de desembarque americano Oak Hill e o contratorpedeiro Thomas F. Nickel. No mesmo dia, as forças soviéticas, depois de ferozes e prolongados combates, venceram os defensores japoneses da fortaleza de Hutou, regando com petróleo os respiradouros da construção e ateando-lhes fogo, de modo a asfixiar os soldados japoneses escondidos nos redutos subterrâneos. Ao longo de 12 de agosto, os japoneses utilizaram soldados de infantaria suicidas para tentar deter os tanques soviéticos. No dia seguinte, porém, os tanques conseguiram atingir os reforços de infantaria, em Hualin, enquanto ainda se encontravam a bordo do comboio, matando novecentos homens antes que pudessem escapar dos vagões.

Na manhã de 14 de agosto, mais de oitocentos bombardeiros americanos atacaram instalações militares japonesas na ilha de Honshu. Durante a tarde, a agência de notícias oficial do Japão expediu uma nota internacional, declarando que, em breve, o imperador emitiria uma comunicação “aceitando a Declaração de Potsdam”. Sem que os ouvintes soubessem, o imperador já gravara a proclamação. Nessa noite, mais de mil militares japoneses atacaram o palácio imperial, na esperança de descobrir a gravação e impedir que fosse transmitida. Tudo o que conseguiram, porém, foi assassinar o comandante da guarda imperial, que, leal ao imperador, encabeçou suas tropas, vencendo os assaltantes. Pouco depois, o general Anami, que se opunha à rendição, mas se recusou a participar da revolta, suicidava-se, para, segundo explicara, poupar-se de ouvir a proclamação e de “expiar” a derrota do Japão. Por volta da meia-noite de 14 de agosto, as forças soviéticas haviam avançado mais de 400 Km pelo interior da Manchúria, ocupando Mukden; ao mesmo tempo, haviam desembarcado na ilha Sacalina e nas ilhas Curilas, tornando ainda mais urgente que os americanos e os britânicos forçassem os japoneses à rendição.

Na Manchúria, e especialmente ao redor de Mutanchiang, de 16 a 19 de agosto as forças japonesas ainda lutavam contra os atacantes soviéticos. No fim das batalhas, haviam morrido 8.219 soldados soviéticos. Os japoneses haviam perdido mais de 40.000 homens. Na noite de 19 de agosto, após novos avanços soviéticos em Hutou, centenas de japoneses se suicidaram com granadas para evitar a desonra da captura. Também em 19 de agosto, o dirigente da guerrilha comunista vietnamita, Ho Chi-minh, tomava o poder no Vietname do Norte; três dias mais tarde, uma força militar da França Livre entrava de paraquedas no Vietname do Sul, transportada pela aviação britânica. Um novo conflito começara.

Em 23 de agosto, os russos ocuparam Port Arthur; a derrota perante os japoneses, quarenta anos antes, fora vingada. A conquista russa do sul da Sacalina completava-se passados dois dias. A Rússia, como os Estados Unidos, era agora uma potência vitoriosa no Pacífico. Por toda a parte, entretanto, eclodiam novos conflitos. Em 25 de agosto, um grupo dos serviços especiais americanos, composto por quatro homens e comandado pelo capitão John Birch, foi intercetado por uma patrulha das forças comunistas chinesas; seguiu-se uma discussão, foram trocados insultos e Birch foi morto. Nos Estados Unidos, houve quem, orgulhosamente, designasse Birch como a primeira baixa da Terceira Guerra Mundial com os comunistas. 

Em 25 de agosto, as tropas americanas entraram num campo de concentração em Haichow, na ilha de Hainan. Entre os 273 prisioneiros de guerra australianos presentes na abertura do campo, somente 130 ainda estavam vivos. Entre estes, somente oito estavam em condições de participar das últimas cerimónias fúnebres. Contudo, nenhum soldado aliado, à exceção dos prisioneiros, pisara em território japonês propriamente dito. Em 28 de agosto, um americano seria o primeiro a fazê-lo. Tratava-se do coronel Charles Tench, membro do estado-maior do general MacArthur, que, após desembarcar, à frente de uma pequena força de 150 homens, no aeródromo de Atsugi, perto de Yokohama, telegrafou para o quartel-general de seu superior em Manila: “Não encontramos quaisquer ações hostis.” No dia seguinte, uma divisão americana aerotransportada desembarcou na base naval de Yokosuka. A ocupação do Japão começava. Na baía de Tóquio, diante de Yokohama, entravam os navios de guerra aliados, entre eles, em 29 de agosto, o couraçado americano Missouri e o couraçado britânico Duke of York.

Em 30 de agosto, uma força naval britânica reocupava Hong Kong. No mesmo dia, alguns oficiais médicos britânicos eram enviados, em paraquedas, para o campo de prisioneiros de guerra de Changi, em Singapura; as tropas ainda estavam a caminho, por mar. Enquanto os médicos cumpriam a missão junto aos prisioneiros, os ex-guardas japoneses continuaram a trabalhar, agora ao serviço de seus antigos cativos. Na mesma data, o general MacArthur chegou ao Japão; numa cena extraordinária, que alarmou muitos americanos que acompanhavam o general, mais de trinta mil soldados japoneses formaram filas nas laterais da estrada, mantendo as baionetas erguidas enquanto MacArthur percorria os 24 Km que levam do aeroporto de Atsugi a Yokohama. No segundo dia de sua estada em Yokohama, o general impressionou-se com a imagem esquelética do general Jonathan M. Wainwright, a quem entregara o comando de Bataan e de Corregidor em 1942, quando Roosevelt lhe ordenara que deslocasse o quartel-general para a Austrália. O general Wainright fora descoberto pelos russos num campo de concentração na Manchúria; depois, seguira de comboio para Mukden e, daí, a bordo de um bombardeiro, até Chungking, Manila e, finalmente, através do Pacífico, alcançara Atsugi e Yokohama. Os quatro anos de cativeiro deixaram Wainright esquelético e confuso, com cabelos brancos como neve e uma pele enrugada como pergaminho. 



MacArthur profundamente chocado com o estado de Jonathan M. Wainwright. Naquela noite, não conseguiu comer nem dormir. 

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