A Síria está atualmente a passar por uma transição política após a queda do regime de Assad em 8 de dezembro de 2024. Um governo de transição, liderado por Mohammed al-Bashir, foi formado para governar o país até março de 2025. A Constituição e o Parlamento sírios foram suspensos em 12 de dezembro de 2024 durante o período de transição.
O panorama político na Síria está em transformação após a queda do regime de Bashar al-Assad. A Rússia, que apoiava o regime de Assad, não foi capaz de conter a incursão dos rebeldes, dado que neste momento tem todas as tropas empenhadas na guerra da Ucrânia. O vazio do poder está agora a ser disputado por várias forças. Enquanto os rebeldes são apoiados pela Turquia pelo Norte, os EUA mantêm uma presença limitada a Sul para prevenir o ressurgimento do Estado Islâmico. E para já a Rússia mantém as suas bases no Oeste, junto ao Mediterrânio. A Turquia, embora celebre a mudança, pede estabilidade e cautela, enquanto países árabes como Catar e Jordânia apoiam uma transição política pacífica. O futuro do país ainda é incerto, dependendo de um consenso interno e do impacto de atores regionais e internacionais.
Após a queda de Bashar al-Assad, a Síria abriga várias forças políticas e militares concorrentes: Rebeldes apoiados pela Turquia que incluem grupos de oposição ao antigo regime e forças islamistas; Forças Democráticas Sírias (FDS), lideradas por curdos, que controlam áreas do norte e nordeste; Grupos jihadistas, que incluem remanescentes do Estado Islâmico e a Hay'at Tahrir al-Sham (HTS); Milícias pró-Irão presentes no sul e no oeste; Atores locais emergentes formados por comunidades tribais e conselhos regionais; EUA e Rússia ainda exercem influência em certas áreas. Como se vê, o país está fragmentado, com cada grupo controlando regiões específicas.
Sem comentários:
Enviar um comentário