O primeiro europeu a percorrer todo o curso do rio Amazonas terá sido o espanhol Francisco de Orellana, entre 1539 e 1541. Orellana: nasceu em Trujillo, Espanha, em 1511, na mesma terra onde nasceu Francisco Pizarro (1476-1541); e morreu em 1546 entre o rio Amazonas e o rio Orinoco, principal rio da Venezuela. Iniciava-se, à época, a lenda de que a mítica cidade do El Dorado ficaria em algum ponto entre o Amazonas e as Guianas. Orellana afirmou ter encontrado e combatido uma tribo de "mulheres guerreiras". Francisco de Orellana, penetrou na Amazónia e no rio Amazonas pela foz do rio Orinoco. A meio do rio Amazonas teve um encontro com mulheres guerreiras que atacaram a sua embarcação. Conforme consta da Relación de frei Gaspar de Carvajal, a viagem empreendida por Orellana pelo maior rio do mundo ajudou a recriar a lenda das Mulheres Guerreiras, ou das míticas Amazonas. Inicialmente chamaram de Rio Grande, Mar Dulce ou Rio da Canela, por causa das grandes árvores de canela que existiam ali. Embora enigmática e fantástica, a expedição de Orellana, até aos dias de hoje, está repleta de fantasias e mitos, sendo motivo de muitas controvérsias e pesquisas. Entre os mitos mais comuns, no Brasil, destaca-se a corruptela do mito tupi-guarani das índias icamiabas. A belicosa vitória das icamiabas contra os invasores espanhóis foi tão alto gabarito que o facto foi narrado ao rei Carlos V, o qual, inspirado nas antigas guerreiras dos mitos gregos, chamadas Amazonas, batizou o rio com o mesmo nome - Rio Amazonas. Aventa-se a hipótese de Orellana e Carvajal terem tido um encontro com o antepassado da hoje em dia Yamurikumã. Neste caso, há um ritual onde as mulheres tomam os pertences dos homens - colares de penas, lanças, flechas, braçadeiras - ao som de cânticos entoados para provocar os homens. No ritual elas são armadas de arco e flecha, enfrentando o inimigo montadas em cavalos.
Um companheiro de Orellana - Gonzalo Fernández de Oviedo y Valdés - divulgou relatos da expedição, com descrição das riquezas e dos habitantes da região, que foram publicados em Veneza em 1556. Uma nova expedição em 1561, comandada por Ursua, tentou repetir a façanha de Orellana. Mas foi assassinado por Lope de Aguirre, o mesmo fulano que viria a tornar-se o seu sucessor. Este, por sua vez, foi tomado por uns delírios febris, que acabaram por o enlouquecer.
O imaginário europeu comportava uma diversidade de seres fantásticos: acéfalos, gigantes, sereias, amazonas – antes projetados nos extremos de uma Europa desconhecida. No caso das Amazonas, a arte renascentista contribuiu efetivamente para a disseminação do mito clássico no Novo Mundo, construindo dessa forma a imagem da Amazona americana, seu arco e flecha, sua nudez, seu corpo atraente e sua belicosidade. Dessa forma, unia elementos da tradição clássica a outros próprios dessa época. Assim, as Amazonas eram descritas como mulheres impiedosas, que tratavam desumanamente os seus prisioneiros de guerra. O mito continuava vivo no imaginário dos viajantes e exploradores do Novo Mundo. A Descoberta do Grande, Belo e Rico Império da Guiana, em 1595, foi uma obra de impacto que contribuiu com a disseminação do mito clássico em terras da América, e inspirou a sua reprodução por diversos impressores e artistas do período.
O rio Amazonas é o maior rio do mundo em volume de água e o maior rio do mundo com uma extensão perto dos sete mil quilómetros. Nasce na encosta do Nevado Mismi, na Cordilheira dos Andes, no Peru, a 5.600 metros acima do nível do mar. Recebe vários nomes e diversos afluentes em seu curso no Peru, até receber o nome de Solimões, na fronteira do Brasil, no município de Tabatinga, no estado do Amazonas, onde segue seu curso até encontrar o rio Negro, próximo à cidade de Manaus, onde recebe o nome de Rio Amazonas. Assim, o Rio Amazonas atravessa os estados do Amazonas e do Pará até chegar à foz no Atlântico, com 300 km de largura no grande Delta do Amazonas, entre os estados do Amapá e do Pará. Ao longo desse trecho ele apresenta uma inexpressiva queda de 20 mm por quilômetro. O leve desnível proporciona excelentes condições de navegabilidade, desde a sua foz até à cidade de Manaus.
O rio Amazonas possui aproximadamente 1.100 afluentes que formam a maior bacia hidrográfica do mundo, com extensão de 7.008.370 km². Percorre territórios do Peru, Brasil, Colômbia, Bolívia, Equador, Guiana e Venezuela. No Brasil o rio se estende por 3.843.402 km² e banha os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará e Mato Grosso. Todos os anos, com o degelo nos Andes e a estação de chuvas na região Amazónica, ocorre o fenómeno das cheias que atingem os municípios que estão nas margens dos rios Solimões, Amazonas, Tapajós, Negro, Juruá, Purus, Japurá, Madeira, entre outros. Atravessa uma das maiores florestas tropicais do mundo, a Floresta Amazónica. A flora da Amazónia apresenta grande variedade de espécies, sendo a maior biodiversidade do planeta, incluindo mais de 1,5 milhões de espécies vegetais catalogadas. O rio Negro é o segundo maior rio do mundo em volume de água e o maior afluente da margem esquerda do Rio Amazonas. Águas escuras se encontram com as águas barrentas do rio Solimões próximo da cidade de Manaus, onde correm lado a lado, sem se misturarem ao longo de 6 km.
A Amazónia Internacional corresponde à extensão de cerca de 7 milhões de km2 entre 8 países da América do Sul: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname, além do território ultramarino da Guiana Francesa. A Amazónia Legal, criada em 1953, é delimitada para fins políticos e económicos. Trata-se da Amazónia brasileira, que apresenta uma área de cerca de 5.034.740 km2 entre 8 estados brasileiros (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e uma parte do estado do Maranhão. A Região Norte do Brasil é onde está localizada a maior parte da Amazónia brasileira.
O rio Amazonas possui aproximadamente 1.100 afluentes que formam a maior bacia hidrográfica do mundo, com extensão de 7.008.370 km². Percorre territórios do Peru, Brasil, Colômbia, Bolívia, Equador, Guiana e Venezuela. No Brasil o rio se estende por 3.843.402 km² e banha os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará e Mato Grosso. Todos os anos, com o degelo nos Andes e a estação de chuvas na região Amazónica, ocorre o fenómeno das cheias que atingem os municípios que estão nas margens dos rios Solimões, Amazonas, Tapajós, Negro, Juruá, Purus, Japurá, Madeira, entre outros. Atravessa uma das maiores florestas tropicais do mundo, a Floresta Amazónica. A flora da Amazónia apresenta grande variedade de espécies, sendo a maior biodiversidade do planeta, incluindo mais de 1,5 milhões de espécies vegetais catalogadas. O rio Negro é o segundo maior rio do mundo em volume de água e o maior afluente da margem esquerda do Rio Amazonas. Águas escuras se encontram com as águas barrentas do rio Solimões próximo da cidade de Manaus, onde correm lado a lado, sem se misturarem ao longo de 6 km.
A Amazónia Internacional corresponde à extensão de cerca de 7 milhões de km2 entre 8 países da América do Sul: Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname, além do território ultramarino da Guiana Francesa. A Amazónia Legal, criada em 1953, é delimitada para fins políticos e económicos. Trata-se da Amazónia brasileira, que apresenta uma área de cerca de 5.034.740 km2 entre 8 estados brasileiros (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e uma parte do estado do Maranhão. A Região Norte do Brasil é onde está localizada a maior parte da Amazónia brasileira.
Na região da Amazónia, entre 1.000 a.C. e 1.000 d.C. viveram ali sociedades indígenas com alto grau de desenvolvimento económico, demográfico, político e cultural. A Amazónia foi um ambiente propício para o desenvolvimento destas sociedades pré-históricas, tendo em vista que estas desenvolveram-se nas margens de grandes rios. Por isso, a Amazónia serviu como repositório sustentado de sociedades durante cerca de 2.000 anos, tendo sido desorganizadas com a chegada dos europeus. A população originária dos cacicados aos poucos foi sendo exterminada, com numerosas guerras e conflitos travados com portugueses e espanhóis. Muitos habitantes destas sociedades internaram-se nas florestas, onde teriam formado sociedades tribais diferentes. Outras desapareceram vítimas de epidemias até aí desconhecidas deles, cujos agentes foram levados para lá pelos europeus. Populações completas desapareceram de um dia para o outro nas margens dos rios. As sociedades indígenas atuais da Amazónia estão longe de representar essas sociedades complexas do período pré-histórico. Apenas restam alguns vestígios materiais.
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