«Parece-me que as notícias sobre a minha morte são manifestamente exageradas.»
Este foi o comentário de Mark Twain a notícias que o davam como morto antes de o ser.
Vitimizar-se: é uma pessoa ao fazer-se de vítima queixar-se como se tivesse sido prejudicada sem o ser, apenas para despertar compaixão nos outros. Nada tem a ver com as verdadeiras vítimas, seja lá do que for. Para todos os efeitos é uma pessoa colocar-se falsamente na posição de vítima sem o ser. O que aqui importa perceber é como podemos lidar com estas pessoas. De um modo geral, uma pessoa militante da vitimização encontra sempre autojustificações para se desresponsabilizar das suas vicissitudes idiossincráticas. A culpa é sempre de alguém, nem que para isso tenha de sacrificar um bode expiatório. E assim se vai acomodando à sua mediocridade sem insónias nem remorsos. E é assim que a pouco e pouco estas pessoas espantam amigos que se vão afastando para que mais tarde ou mais cedo não chegue a sua vez de se chatearem. Por exemplo, às vezes vitimizam-se para pedir dinheiro emprestado. E quando já passou tempo razoável e o credor lhe lembra a dívida, para além de uma série de desculpas esfarrapadas, e todo o tipo de autojustificações, rematam a conversa com uma frase do género: “Devo-te, não nego, podes ficar descansado, pago quando puder.”
A dada altura, a autoconsciência apaga-se, e passam então a acreditar verdadeiramente que as suas vidas são mais injustas do que as dos outros. Se elas não pararem para olhar em volta e perceber como estão a afetar as outras pessoas, ou como as outras pessoas também têm problemas, elas tendem a exagerar e a pensar que as suas vidas são piores do que todas as outras. Então, perdem a noção do facto de que os outros também têm problemas.
Esta pandemia da covid-19 veio destapar muita coisa, não apenas a miséria material e social, mas também muitas ideias falsas tidas como boas. Muitas pessoas só se aperceberam dos autómatos que andavam a ser quando foram obrigadas a parar para descansar. E foi assim que passaram a ver certas coisas com outra nitidez. É claro, como em tudo na vida, esse dom não bafejou toda a gente por igual. Muitas pessoas já retiraram ilações positivas disto ao ponto de reformularem as suas prioridades. Começaram a compreender que não conduziam assim tão bem o rumo das suas vidas quando andavam obcecadas a escrutinar a maneira de ganharem mais dinheiro, para terem um carro melhor, uma casa de sonho, um iate, e assim por diante. Outras não, outras acabaram por perceber que precisavam de um psiquiatra, porque de outro modo, iriam viver o resto das suas vidas em sobressalto moral e cívico, por assaltos da má consciência.
Vitimizar-se: é uma pessoa ao fazer-se de vítima queixar-se como se tivesse sido prejudicada sem o ser, apenas para despertar compaixão nos outros. Nada tem a ver com as verdadeiras vítimas, seja lá do que for. Para todos os efeitos é uma pessoa colocar-se falsamente na posição de vítima sem o ser. O que aqui importa perceber é como podemos lidar com estas pessoas. De um modo geral, uma pessoa militante da vitimização encontra sempre autojustificações para se desresponsabilizar das suas vicissitudes idiossincráticas. A culpa é sempre de alguém, nem que para isso tenha de sacrificar um bode expiatório. E assim se vai acomodando à sua mediocridade sem insónias nem remorsos. E é assim que a pouco e pouco estas pessoas espantam amigos que se vão afastando para que mais tarde ou mais cedo não chegue a sua vez de se chatearem. Por exemplo, às vezes vitimizam-se para pedir dinheiro emprestado. E quando já passou tempo razoável e o credor lhe lembra a dívida, para além de uma série de desculpas esfarrapadas, e todo o tipo de autojustificações, rematam a conversa com uma frase do género: “Devo-te, não nego, podes ficar descansado, pago quando puder.”
As pessoas que sofrem de vitimização crónica, acreditam que tudo lhes acontece de errado, que só elas passam por situações complicadas e difíceis e “sugam” a energia e a atenção dos outros com a sua negatividade. Quem ajuda a primeira vez, sente-se mal por não voltar a fazê-lo já que tem medo de ser criticado pelos demais e, ao mesmo tempo, apresenta um grande sentimento de culpa por não estar a ajudar “aquela pessoa indefesa” num momento em que tanto precisa.Focada no controlo vindo de fora, a pessoa vitimizada não assume as suas responsabilidades e acaba por projetar o seu mal nos outros. Em vez de procurar as soluções para os seus problemas, acaba por pedir tudo o que precisa a alguém que esteja disponível para isso e, quando tal não acontece, torna-se um ingrato para quem já o ajudou. Ao mesmo tempo, as pessoas que se vitimizam tendem a exacerbar o que lhes aconteceu, não querendo ver que certas situações desagradáveis também podem ter um lado positivo. Estas pessoas estão completamente focadas no negativo, pelo que, o melhor da vida lhes passa completamente ao lado. Por esse motivo, não conseguem encontrar alternativas, fazer algo de forma inovadora e diferente, muito menos acreditar que é possível inverter o rumo de certos acontecimentos. Neste sentido, as pessoas que se vitimizam fazem uso da chantagem emocional como forma de comunicação, manipulando os que os rodeiam. Para concretizarem os seus objetivos, procuram as pessoas mais empáticas que, naturalmente “lhes fazem todas as vontades” para que alcancem o que pretendem.A melhor maneira de ajudarmos essas pessoas é não lhes fazer todas as vontades, e incentivá-las a lutar por si próprias, e, sobretudo, é fundamental não nos deixarmos impressionar emocionalmente com relatos de coitadinhos.
Como muitas coisas que são viciantes, a vitimização funciona como desculpa para não mudarmos de vida. Ora, em vez de nos queixarmos, devemos agir de maneira a melhorar a nossa vida. O acharmos que somos vítimas, argumentando que não é justo termos aqueles problemas, é o abrir de portas para não encararmos os problemas de frente, e não procurarmos soluções. A isto chama-se mediocridade. E é quando as próprias pessoas tomam consciência da sua mediocridade, em vez de serem fortes para mudar, concluem que na realidade não são suficientemente capazes num mundo que é cruel e fortemente competitivo, e desvanecem. E assim, como mecanismo de defesa, de sobrevivência psicológica, entram numa espiral negativa da qual é cada vez mais difícil sair dela.
A dada altura, a autoconsciência apaga-se, e passam então a acreditar verdadeiramente que as suas vidas são mais injustas do que as dos outros. Se elas não pararem para olhar em volta e perceber como estão a afetar as outras pessoas, ou como as outras pessoas também têm problemas, elas tendem a exagerar e a pensar que as suas vidas são piores do que todas as outras. Então, perdem a noção do facto de que os outros também têm problemas.
Esta pandemia da covid-19 veio destapar muita coisa, não apenas a miséria material e social, mas também muitas ideias falsas tidas como boas. Muitas pessoas só se aperceberam dos autómatos que andavam a ser quando foram obrigadas a parar para descansar. E foi assim que passaram a ver certas coisas com outra nitidez. É claro, como em tudo na vida, esse dom não bafejou toda a gente por igual. Muitas pessoas já retiraram ilações positivas disto ao ponto de reformularem as suas prioridades. Começaram a compreender que não conduziam assim tão bem o rumo das suas vidas quando andavam obcecadas a escrutinar a maneira de ganharem mais dinheiro, para terem um carro melhor, uma casa de sonho, um iate, e assim por diante. Outras não, outras acabaram por perceber que precisavam de um psiquiatra, porque de outro modo, iriam viver o resto das suas vidas em sobressalto moral e cívico, por assaltos da má consciência.
Moral da história: do que precisamos, é de uma mente forte. Não há nada de errado em abrandar e encontrar prazer nas coisas mais simples da vida. Muitas pessoas planeiam não voltar a fazer certas coisas que estavam habituadas a fazer. Afinal, de facto, a maior parte das pessoas andavam a ser vítimas desta sociedade "hiper" - de consumo mediático. É isso, definitivamente, muitos dos maus hábitos são de sociedade. Com excesso de informação, mas deficitária em verdadeiro conhecimento. Já para não falar em défice de verdadeira sabedoria. Mas é importante falar nisso, e tentar evitar estes hábitos para que façamos caso de sermos olhados como uma carta fora do baralho. Mas acreditem, é mesmo melhor para nós muitas vezes sermos uma carta fora do baralho.
Força mental não tem nada a ver com saúde mental. Significa que somos capazes de aproveitar a vida sem sabermos o que é a felicidade, e ainda assim sermos felizes e não sabermos. Ter força mental é ter força para não ser hipócrita. É ser confiante naquilo que se faz, ainda que se possa errar. Há aqueles que escolhem ir ao ginásio. E nenhum mal nisso. Mas o mundo não se esgota nos ginásios, ou em quaisquer outras modas. Porque, como a palavra indica, as modas passam de moda, são efémeras. A força mental adquire-se com exercício mental. Nada contra o exercício físico. Mas o exercício mental é um exercício noventa por cento solitário. A resiliência é uma força do indivíduo, porque tem de passar por um exercício de desapego. O apego é um problema que diz respeito a cada um. Muitas pessoas andam enredadas em problemas única e exclusivamente criados por si próprios. Mas passam os dias a lamentarem-se que a culpa é dos outros. E não se apercebem que estão demasiado apegadas às coisas. E quanto mais coisas, mais tralha que nos faz distanciar do âmago do Si, onde reside a tal força da mente.
Agora, coletivamente, todos beneficiam, quanto mais pessoas resilientes andarem por aí. Às vezes, uma pessoa mentalmente forte pode ser um progenitor que fica em casa para cuidar da sua cria. Ou alguém que tem um trabalho com poucos níveis de stress. É importante viver sem perder de vista certos valores. É preciso saber quais são esses valores para que depois lhe possamos chamar nossos, para viver de acordo com eles. Valores que não têm necessariamente que ver com ser rico ou ter muito dinheiro, ser uma pessoa famosa ou muito importante.
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