O documento que continha as diretrizes nunca foi revelado ao público, mas o The Guardian soube que uma das propostas passava por abolir o termo “Natal”, usando-se, em vez disso, a palavra “festividades”. “Nem toda a gente celebra os feriados cristãos e nem todos os cristãos celebram-nos nas mesmas datas”, lia-se no texto.
Palavra “Homem” enquanto sinónimo de humanidade seriam evitadas. Recomendavam também que se perguntasse os pronomes antes de falar com alguém, utilizando depois aquele que fizesse cada um sentir-se mais à vontade. Seriam ainda de evitar termos como “gay”, “lésbica”, “transgénero” ou “intersexo”. “Deve dizer-se pessoa trans, pessoa gay, para se referir a uma pessoa em específico.”
O Vaticano reagiu dizendo, e passo a citar “Infelizmente, a tendência é para homogeneizar tudo, não se sabendo respeitar as devidas diferenças, que naturalmente não deviam tornar-se num conflito ou numa
fonte de discriminação”. As diretrizes eram um absurdo e negavam as raízes cristãs da União Europeia. O guia distribuído aos funcionários da Comissão Europeia recomendava a substituição de nomes cristãos, como Maria e José, por nomes mais “internacionais”, como Malika e Júlio, quando usados a título de exemplo em documentos oficiais. No guia que foi lançado em Outubro, apesar de a polémica só ter estalado agora, sugere-se ainda trocar o habitual “senhoras e senhores” por “caros colegas”, ou expressões como “o envio de homens para Marte” por “colonizar Marte” e de “tecidos feitos pelo homem” por “tecidos sintéticos”. Mas também indica que se devem evitar termos como “cidadão”, porque exclui os migrantes, e “homossexual”, porque é considerado um termo médico.
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