sexta-feira, 7 de setembro de 2018

A crueldade humana é mesmo infinita

          
          Foi ontem à noite, quinta-feira dia 6, encontrado o corpo da Professora de Físico-Química do Montijo que estava desaparecida desde o dia 1, embora o alerta do seu desaparecimento apenas tenha sido dado à PSP de Setúbal no dia 3 de setembro, segunda-feira.
          O que agora já se sabe dia 7 (11 horas de sexta-feira): A Professora foi assassinada pela filha adotiva de 23 anos de idade, e genro. Filha essa que na segunda-feira, dia 3, havia partilhado no Facebook o seguinte: 


“Caros amigos e amigas.
Infelizmente venho informar-vos que a minha mãe desapareceu. Foi vista pela última vez no dia 01/09 pelas 21h/22h na hora de jantar. Avisou que iria sair e desde então que não temos notícias dela. O telemóvel encontra-se desligado e não há meio possível de contacto. Agradecemos que quem tenha notícias dela nos informe imediatamente a nós ou à Polícia, pois já foi feito um relatório de desaparecimento formal na PSP.
Muito obrigada a todos.”
 

         Os suspeitos já foram detidos pela polícia, por homicídio qualificado e profanação de cadáver. Pois, diligências realizadas pela polícia judiciária deram por apurado que a filha e o genro, que com ela coabitavam, na sequência de inúmeras desavenças, delinearam um plano, executado conjuntamente, para lhe tirar a vida. A vítima foi queimada viva. A investigação permitiu apurar que no sábado os suspeitos, pela hora do jantar, usando fármacos, colocaram-na na impossibilidade de resistir, agrediram-na violentamente no crânio com um objeto contundente, colocaram-na na bagageira de uma viatura e transportaram-na para a zona de Pegões, onde, com recurso a um acelerante, lhe pegaram fogo. O corpo, indica a PJ, foi localizado completamente carbonizado.
          A estupefação e o choque de indignação das pessoas é ampliado ainda mais na mente daqueles que viram pela TV a entrevista que a filha ontem deu à TVI. Quão difícil é através do que as pessoas dizem fazer juízos com a ingenuidade da nossa subjetividade. Valha em abono da Verdade o método científico da polícia judiciaria que não se deixa levar em cantigas. Ela faz um depoimento do desaparecimento da mãe com um ar de inocência e candura e preocupação tal que ninguém que não seja psicólogo ou investigador policial suspeitaria do que ela estava ali a encobrir.

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