terça-feira, 9 de outubro de 2018

Eudaimonia


Eudaimonia – o maior dos bens humanos, de Aristóteles – é um termo grego que literalmente significa 'o estado de ser habitado por um bom daemon (espírito, génio) é traduzido como felicidade ou bem-estar. Contudo, outras traduções têm sido propostas para melhor expressar o que seria um estado de plenitude do ser.

Num estudo de 2010 publicado em Applied Psychology: Health and Well-Being, menos de metade dos americanos, relata ter um forte sentimento de propósito na vida, para lá das obrigações para com o emprego e a família. Este aspeto particular do bem-estar poderá ter implicações significativas.

Conhecemos, dos relatos de alguns sobreviventes dos campos de concentração nazis, como o sentimento de sentido e propósito lhes permitiu sobreviver enquanto milhares morriam em seu redor. Cada um tinha um propósito, não necessariamente igual em todos eles.

A psicologia de hoje usa o termo bem-estar para uma versão da ideia aristotélica de florescimento com a autoaceitação, crescimento pessoal, autonomia, domínio e objetivo de vida.

Quando Alexandre Magno chegou com os seus exércitos à região onde é hoje Caxemira, ficou impressionado com um grupo de iogues ascéticos em Taxila, pela serenidade e indiferença com que o encararam dizendo que tanto como eles só poderiam na verdade possuir o solo que pisavam. De resto, tanto uns como outros morreriam um dia.

É interessante conhecer a forma como Alexandre olhou para estes “homens nus” se nos lembrarmos que ele fora educado precisamente por Aristóteles. Alexandre teria reconhecido os iogues como exemplares de outra fonte de conhecimento.

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