Um dos argumentos
a favor da necessidade de imigração em massa de povos de outros continentes
para a Europa, para além do da sustentabilidade económica da segurança social,
e o da vantagem da diversidade genética, prende-se com o facto de a Europa ter
uma população muito envelhecida. A Europa é uma sociedade envelhecida e com uma
taxa de natalidade muito baixa. Então, numa tal situação, precisamos de fazer
entrar mais pessoas, senão a nossa sociedade não terá jovens suficientes para
garantir aos mais velhos um estilo de vida a que sempre estiveram acostumados.
Há um leque imenso
de respostas possíveis a este problema, mas nenhum deles é simples. Por isso,
não os vou enunciar aqui. O que podemos ficar inquietos é quando ouvimos o que
se diz por aí: que como há trabalhos que os jovens europeus em particular não
fazem, preferindo estar desempregados e a receber do estado um qualquer
suprimento social, do que aceitar um trabalho com um salário baixo.
Um qualquer
deputado europeu, de um qualquer país da Europa – pondo de parte agora a
insinuação racial de um qualquer europeu, quanto a certos papeis, estar acima dos
imigrantes que os podem fazer por estarem inteiramente adequados a eles – disse:
“São necessário muitos
imigrantes para o meu país. Não quero que a minha filha venha a ter que apanhar
batatas.”
Estaremos
satisfeitos com este tipo de argumentos? Por que razão os jovens europeus têm
de estar (se estiverem) “acima” de outros quando toca a terem que se
desenvencilhar no cumprimento de tarefas que têm a ver com a sua própria
subsistência?
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