segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A ideia de “uma Europa de velhos”


          Um dos argumentos a favor da necessidade de imigração em massa de povos de outros continentes para a Europa, para além do da sustentabilidade económica da segurança social, e o da vantagem da diversidade genética, prende-se com o facto de a Europa ter uma população muito envelhecida. A Europa é uma sociedade envelhecida e com uma taxa de natalidade muito baixa. Então, numa tal situação, precisamos de fazer entrar mais pessoas, senão a nossa sociedade não terá jovens suficientes para garantir aos mais velhos um estilo de vida a que sempre estiveram acostumados.
          Há um leque imenso de respostas possíveis a este problema, mas nenhum deles é simples. Por isso, não os vou enunciar aqui. O que podemos ficar inquietos é quando ouvimos o que se diz por aí: que como há trabalhos que os jovens europeus em particular não fazem, preferindo estar desempregados e a receber do estado um qualquer suprimento social, do que aceitar um trabalho com um salário baixo.
          Um qualquer deputado europeu, de um qualquer país da Europa – pondo de parte agora a insinuação racial de um qualquer europeu, quanto a certos papeis, estar acima dos imigrantes que os podem fazer por estarem inteiramente adequados a eles – disse:
          “São necessário muitos imigrantes para o meu país. Não quero que a minha filha venha a ter que apanhar batatas.”
          Estaremos satisfeitos com este tipo de argumentos? Por que razão os jovens europeus têm de estar (se estiverem) “acima” de outros quando toca a terem que se desenvencilhar no cumprimento de tarefas que têm a ver com a sua própria subsistência?

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