quinta-feira, 24 de junho de 2021

Desonestidade intelectual ou ativismo radical em movimento?



Fig. 1


Esta questão de a UEFA não ter concordado com o presidente da camara de Munique em iluminar o estádio com as cores do arco-íris como manifestação de apoio às queixas dos ativistas LGBTIG+ (ver Fig. 3 mais abaixo) em relação ao que se está a passar na Hungria em relação à lei que limita os seus direitos humanos; e de o governo português, pela sua função na presidência europeia, se ter eximido a assinar a carta de 16 países da União a manifestar o seu protesto em relação à deriva homofóbica do governo húngaro:

Insere-se na questão mais vasta da chamada “guerra cultural” entre modernistas e pós-modernistas, e já com mais de duas décadas de agitação no Ocidente. Esta guerra cultural é tão intensa que acabou por definir a vida política - e cada vez mais a vida social destes primeiros anos do seculo XXI. Chegamos a um momento na história do Ocidente em que a sua marca cultural e civilizacional, definida por Modernidade, está em risco de desaparecer, e com ela a Democracia que lhe servia de sustentáculo.

Fig. 2

Em bom rigor, a ameaça ao status quo demoliberal, surge dos dois extremos do espetro político: uma revolucionária e outra reacionária, ambas iliberais. E isto é assim porque, se a extrema-direita tem adquirido maior fôlego na última década com a ascensão de populistas autocratas vindos do leste da Europa, a esquerda liberal abandonou os valores da modernidade iluminista para abraçar as ideias do pós-modernismo francês e da escola crítica de Frankfurt, que classificam o modernismo de patriarcal e opressor.


Fig. 3


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