sábado, 11 de maio de 2024

Aquebar, o Grande





Jalaludim Maomé Aquebar [1542-1605] foi o terceiro imperador Mogol da Índia/Industão, um descendente direto da Dinastia dos Timúridas. Era filho de Humaium e neto de Babur. 
No final do seu reinado, em 1605, o império Mogol cobria a maior parte do Norte da Índia. Aquebar, tinha treze anos quando ascendeu ao trono em Déli. No fim, como imperador, havia solidificado o império pela diplomacia com a poderosa casta Raiput. Sua origem étnica era Mongol por parte da mãe, descendente de Gengis Cã; e descendência Turca ou dos Timúridas, cujo fundador foi Tamerlão, por parte de pai.

Ele expandiu o domínio Mogol sobre regiões como o norte da Índia, partes do sul da Ásia e partes do Afeganistão. Também estendeu a sua influência sobre regiões como Gujarat, Bengala, Caxemira e partes do atual Paquistão. Além disso, ele implementou políticas diplomáticas e administrativas que ajudaram a consolidar o império.


  

Mausoléu de Aquebar em Agra



O reinado de Aquebar influenciou significativamente a arte e a cultura na região. As paredes de seus palácios foram adornados com murais. Além de incentivar o desenvolvimento da escola Mogol, também patrocinava o estilo europeu de pintura. Ele gostava de literatura e tinha várias obras em sanscrito traduzidas para o persa, além de obter muitas obras persas ilustradas por pintores de sua corte. Aquebar iniciou uma série de debates religiosos, onde eruditos muçulmanos podiam debater questões religiosas com siques, hindus, ateus carvaka e jesuítas portugueses. 

O Império Mogol existiu entre 1526 e 1857 (com um interregno entre 1540 e 1555) que chegou a dominar quase todo o subcontinente indiano. A designação Mogol parece ter sido apenas atribuída durante o século XIX e deriva de Mongol, denotando a ascendência direta de Gengis Cã e de seu fundador Babur.

Surat, localizada no estado de Gujarat, na Índia, desempenhou um papel crucial no comércio entre a Índia e os países europeus durante vários séculos. Durante o período Mogol, Surat era um importante porto de comércio que facilitava as trocas comerciais entre a Índia e as potências europeias, como Portugal, Holanda, Inglaterra e França. Essas potências buscavam principalmente especiarias, seda, tecidos e outros produtos valiosos da Índia. Surat tornou-se um dos principais centros comerciais e portos de exportação da Índia, conectando o subcontinente indiano ao comércio global.

Aquebar conquistou Bengala, uma região rica em recursos naturais e estratégica para o comércio, em 1576. Nomeou seu general, Khan Jahan Quli, como governador da província. Também expandiu o império para incluir a região de Caxemira, em 1586, após uma campanha militar liderada pelo príncipe Salim (mais tarde conhecido como Imperador Jahangir), filho de Aquebar. A conquista de Caxemira permitiu controlar uma área estratégica no norte da Índia e estender sua influência sobre as regiões montanhosas do Himalaia.



Goa portuguesa

Os portugueses ganharam direitos sobre Goa através de uma combinação de negociações diplomáticas, alianças com líderes locais e conquistas militares. Em 1510, Afonso de Albuquerque, um explorador e militar português, conquistou Goa, então sob controlo do Sultanato de Bijapur, como parte dos esforços portugueses para estabelecer uma presença comercial na Índia. Após a conquista, os portugueses construíram fortalezas e estabeleceram uma administração colonial em Goa. Eventualmente, Goa tornou-se a capital do vasto império português na Índia, controlando uma extensa área costeira e desempenhando um papel central no comércio entre a Índia e a Europa. Os portugueses mantiveram o controlo sobre Goa por cerca de 450 anos, até que a Índia, governada por Nehru, invadiu a região em 1961, passando a partir daí a fazer parte integrante da Índia tal como é atualmente.



Goa portuguesa

Em 1535, o sultão do Gujarate, Badur-Shá, concedeu a Nuno da Cunha autorização para construir uma fortaleza em Diu. Conservam-se o castelo e grande parte da muralha de terra, além de baluartes e cortinas na costa sul. As primeiras obras realizadas foram da responsabilidade de Martim Afonso de Sousa. O vice-rei D. João de Castro foi o responsável pela renovação das fortificações da cidade após o segundo cerco posto a Diu, tendo ao seu serviço o mestre Francisco Pires.



Fortaleza de Diu: portão de armas

Quanto às muralhas, na ponta de terra mais para leste, foram executadas entre 1570 e 1574, por iniciativa do capitão Aires Telles, a quem se devem as portas, e por Manuel de Miranda, que em 1584 edificou o maior dos baluartes, o de São Sebastião da Vitória.


 

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