quinta-feira, 23 de maio de 2024

Fragmentos da história a seguir à Primeira Grande Guerra



Após a Primeira Guerra Mundial, 
em Janeiro de 1919, Woodrow Wilson, Presidente dos Estados Unidos da América, foi para a Europa determinado a impôr a moral norte-americana. O Império Austro-Húngaro foi desmantelado e tanto a Hungria como a Áustria se tornaram repúblicas independentes. Os Habsburgos, que governaram o império, finalmente perderam o seu poder político e influência na região. Na Áustria, Karl Renner chamou Carlos que aguardava em Shonbrunn. Após a abdicação do imperador Carlos I da Áustria em 1918, Karl Renner, um líder político socialista austríaco, foi fundamental na transição da Áustria para uma república. Renner negociou diretamente com o que havia sido imperador, que estava em Schönbrunn, e convenceu-o a renunciar aos seus direitos ao trono, encerrando assim a era dos Habsburgos na Áustria. Essa transição levou ao estabelecimento da Primeira República da Áustria.

Por sua vez, na Jugoslávia, 
o Rei Alexandre I [1888 – 1934], também conhecido como Alexandre, o Unificador, havia sucedido a Pedro I (Petar I Кarađorđević) [1844 – 1921], Rei da Sérvia de 15 de junho de 1903 a 1 de dezembro de 1918. Em 1 de dezembro de 1918, tornou-se Rei dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, e manteve esse título até à sua morte, três anos depois. Como foi o rei da Sérvia durante um período de grande sucesso militar sérvio, foi lembrado pelos sérvios como Rei Pedro, o Libertador. E também como o Velho Rei. A Jugoslávia, que significa "terra dos eslavos do sul", foi formada após a Primeira Guerra Mundial, em 1918, como o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, mais tarde renomeado para Reino da Jugoslávia. 



Alexandre I da Jugoslávia

Alexandre I, o Unificador foi, portanto, Rei dos Sérvios, Croatas e Eslovenos de 16 de agosto de 1921 a 3 de outubro de 1929. E Rei da Jugoslávia de 3 de outubro de 1929 até ao seu assassinato em 1934. O seu reinado de 13 anos é o mais longo dos três monarcas do Reino da Jugoslávia. A seguir, sucedeu-lhe Pedro II Karađorđević [1923-1970] o último Rei da Jugoslávia, reinando de outubro de 1934 até ser deposto em novembro de 1945. Foi o último membro reinante da Dinastia Karađorđević. Filho mais velho do rei Alexandre I e de Maria da Roménia, Pedro ascendeu ao trono jugoslavo em 1934, aos 11 anos, depois que seu pai foi assassinado durante uma visita de estado à França. Uma regência foi estabelecida sob seu primo, o Príncipe Paulo. Depois que Paulo declarou a adesão da Jugoslávia ao Pacto Tripartite no final de março de 1941, um golpe de estado pró-britânico depôs o regente e declarou Pedro maior de idade.

Após a Primeira Guerra Mundial, houve mudanças significativas na sociedade, incluindo uma maior oportunidade para as mulheres se afirmarem. Com muitos homens servindo na frente da guerra, as mulheres assumiram papéis importantes na força de trabalho, ocupando empregos anteriormente reservados aos homens. Isso levou a um aumento da independência económica e social das mulheres e contribuiu para o movimento pelos direitos das mulheres em muitos países. Além disso, em alguns países, as mulheres ganharam o direito de voto após a guerra, como um reconhecimento do seu papel durante o conflito.

O período após o fim da Primeira Guerra Mundial testemunhou a disseminação e consolidação da democracia em várias partes da Europa. Muitos países europeus adotaram sistemas democráticos ou ampliaram a participação popular em seus governos. Isso foi impulsionado em parte pelo desejo de evitar futuras catástrofes como a guerra e pela necessidade de reconstruir e reconciliar sociedades dilaceradas pela guerra. No entanto, é importante observar que esse processo não foi uniforme e enfrentou desafios significativos em muitos países, incluindo instabilidade política, tensões sociais e económicas, e a ascensão de movimentos autoritários.

O fim da Primeira Guerra também ficou marcado pela influenza ou gripe A, também conhecida por gripe espanhola. A pandemia de influenza de 1918, comumente conhecida como gripe espanhola foi uma das mais mortais da história, infectando cerca de um terço da população mundial na época e resultando em milhões de mortes em todo o mundo. A gripe espanhola teve um impacto significativo na Europa e em outras partes do mundo, exacerbando ainda mais o sofrimento causado pela guerra.




Em relação à Polónia, convém lembrar que não ressurgiu das terras dos Habsburgos e dos Romanov. Após a Primeira Guerra Mundial, a Polónia foi reconstituída como um estado independente, principalmente a partir das terras que estavam sob domínio do Império Alemão, do Império Austro-Húngaro e do Império Russo, mas não especificamente das terras dos Habsburgos e dos Romanov. Foi Józef Piłsudski quem desempenhou um papel crucial na recuperação da independência da Polónia após a Primeira Guerra Mundial. Ele não proclamou a independência diretamente, mas liderou as forças polacas na luta pela independência, tendo-se tornado uma figura importante na política polaca durante aquele período. Em suma, a independência da Polónia foi oficialmente restaurada em 1918, após o término da Primeira Guerra Mundial.

Józef Piłsudski havia sido preso pelas autoridades russas por suas atividades políticas, incluindo os seus esforços para promover a independência da Polónia. Ele passou vários anos na prisão, mas eventualmente conseguiu escapar e retornar à Polónia, onde desempenhou um papel fundamental na luta pela independência e na formação do novo estado polaco. 

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