quinta-feira, 16 de maio de 2024

Xi Jinping de novo, a receber Putin em Pequim




Putin está de novo em Pequim, em princípio para agradecer a Xi o apoio quanto baste na guerra que está a travar na Ucrânia que já leva quase dois anos e meio e ainda não se avista qual vai ser o desfecho, nem quando. 
Xi, o que mais manda no único partido que mais manda na China, ostenta o segundo maior PIB do mundo. Xi Jinping exerce uma influência considerável no Partido Comunista Chinês (PCC) e, por extensão, na China como um todo. Sob sua liderança, a China tem alcançado um rápido crescimento económico, o que contribui para o seu estatuto como a segunda maior economia do mundo em termos de Produto Interno Bruto (PIB). A combinação de poder político e influência económica torna Xi Jinping uma figura central no cenário nacional e internacional.

Desde 2014 que este conflito da Rússia se arrasta depois da anexação da Crimeia. Foi fortemente condenado pela comunidade internacional, incluindo muitos Estados membros das Nações Unidas. Várias resoluções da ONU foram adotadas para condenar as ações da Rússia e reafirmar a soberania e integridade territorial da Ucrânia. No entanto, devido ao veto da Rússia no Conselho de Segurança da ONU, as ações da ONU foram limitadas em termos de imposição de medidas punitivas contra a Rússia. Embora a resposta internacional tenha sido variada e a eficácia das medidas tomadas tenha sido questionada, a anexação da Crimeia e a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022 continua a ser uma questão de grande preocupação e controvérsia na arena geopolítica.

Xi Jinping, que estivera na prisão, que vira a irmã suicidar-se, quando se encontra com outros líderes mundiais não se deixa impressionar de todo. Xi Jinping é conhecido por sua postura firme e não se deixar impressionar facilmente, independentemente das circunstâncias. Sua experiência pessoal, incluindo o período em que esteve na prisão e a tragédia envolvendo sua irmã, pode ter contribuído para sua determinação e resiliência em situações de pressão política ou diplomática. 

É verdade que Xi Jinping implementou medidas para consolidar o seu poder e reforçar o controlo sobre o Partido Comunista Chinês (PCC), incluindo expurgos de rivais e suas linhagens. Isso é parte de sua estratégia para manter a estabilidade política e fortalecer sua liderança dentro do partido e do país. Essas ações refletem não apenas as práticas políticas contemporâneas na China, mas também elementos da tradição histórica chinesa, onde o controlo do poder central sempre foi uma prioridade.

Agora que Hong Kong e Macau estão resolvidas, Xi pode ocupar-se a tempo inteiro de Taiwan. A questão de Taiwan é um assunto delicado e complexo para a China. Enquanto Hong Kong e Macau têm um status especial dentro do princípio "Um país, dois sistemas", Taiwan é considerada pela China como parte de seu território e uma questão de soberania nacional. A resolução dessa questão requer uma abordagem cuidadosa e diplomática, dada a sensibilidade e a importância estratégica envolvidas. O envolvimento de Xi Jinping nesse assunto exigiria uma considerável atenção e recursos, dada a sua magnitude e implicações regionais e globais.

A maior ambição de Xi é ficar para a história como o líder que completou a reunificação da China com a anexação de Taiwan. É verdade que a reunificação com Taiwan é uma ambição importante para Xi Jinping e para a China como um todo. A questão de Taiwan é vista como uma questão de soberania nacional pela China, e a reunificação é considerada um objetivo fundamental para a realização do "sonho chinês" de revitalização nacional. Xi Jinping reiterou em várias ocasiões o compromisso da China com uma "reunificação pacífica" com Taiwan, mas também afirmou que a China não descartaria o uso da força militar caso Taiwan declarasse independência ou se recusasse a negociar. A realização desse objetivo seria, sem dúvida, um marco significativo na história da China moderna e, possivelmente, um legado duradouro para Xi Jinping como líder.

E é claro, para continuar a liderar o comércio do mundo, o Cinturão e Rota da Seda é estratégico para o crescimento económico da China. Cinturão e Rota (também conhecido como Iniciativa Cinturão e Rota) é uma estratégia central para a China impulsionar o seu crescimento económico e expandir a sua influência global. Esta iniciativa visa promover a conectividade e a cooperação entre os países ao longo das rotas terrestres e marítimas, através de investimentos em infraestrutura, comércio e desenvolvimento económico. Ao fortalecer os laços comerciais e as relações diplomáticas com outros países, a China busca consolidar a sua posição como líder global no comércio e nos negócios internacionais. O Cinturão e Rota tem sido uma prioridade para o governo chinês sob a liderança de Xi Jinping.

Ora, é pensamento de alguns líderes e outros analistas, que para que esse projeto vingue sem sobressaltos, qualquer resistência pode ter de ser esmagada. Mas, apesar de a China ter colocado todas a fichas neste projeto, é importante notar que a resistência ou oposição a esse projeto não necessariamente precisam ser "esmagadas". Em vez disso, o sucesso sustentado da iniciativa depende em grande parte da diplomacia, negociação e cooperação com os países ao longo das rotas propostas. A China muitas vezes busca abordar preocupações e resolver disputas de forma diplomática, em vez de adotar uma abordagem de confronto direto. A cooperação e o diálogo construtivo podem ajudar a mitigar potenciais desafios ou resistências ao longo do caminho.

Todavia, Xi, é um autocrata severo. Xi Jinping é conhecido por sua liderança centralizada e estilo de governança autoritário, que contrasta com o modelo democrático ocidental. Ele consolidou seu poder dentro do Partido Comunista Chinês (PCC) e implementou uma série de medidas para reforçar o controlo do partido sobre a sociedade e a economia chinesas. Isso inclui a repressão à dissidência política, o aumento da vigilância estatal e a implementação de políticas de censura. Essa abordagem reflete a prioridade de Xi Jinping em manter a estabilidade política e preservar a autoridade do PCC.

Por exemplo, Xi controla as redes sociais da internet para controlar as narrativas e os opositores. O controlo das redes sociais e da internet é uma parte importante da estratégia de governança de Xi Jinping e do Partido Comunista Chinês (PCC). A China possui um sistema de censura altamente desenvolvido, conhecido como "Grande Firewall", que monitoriza e controla estritamente o acesso dos cidadãos chineses à internet, bloqueando conteúdos considerados sensíveis ou que vão contra a narrativa oficial do governo. Além disso, há uma forte presença de vigilância online para reprimir a dissidência política e as atividades dos opositores. Esse controlo permite ao governo moldar as narrativas e limitar o acesso a informações que possam minar a sua autoridade ou questionar a sua legitimidade.

Xi Jinping tem liderado a resposta do governo chinês à situação em Xinjiang, onde a minoria étnica uigur enfrenta restrições severas e alegações de violações dos direitos humanos, incluindo detenções em massa em campos de reeducação. Embora o governo chinês negue as acusações de abusos dos direitos humanos, a comunidade internacional tem expressado preocupação com a situação em Xinjiang. Como líder supremo da China, Xi Jinping desempenha um papel significativo na formulação e implementação das políticas em relação a Xinjiang, mesmo que a questão não seja frequentemente destacada como uma prioridade pública para ele.

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