Da mesma forma se poderia falar de Mainz, a cidade natal de Gutenberg. Este inventor da escrita impressa em papel estava no sítio certo para difundir a sua prensa. Vivia numa encruzilhada de dois domínios tão diferentes que dificilmente alguém os poderia juntar: a produção de vinho e a cunhagem de moeda. Mas tal aconteceu porque Gutenberg se lembrou de combinar no mesmo engenho a prensa de esmar as uvas e a capacidade de trabalhar o metal para fazer moldes. E assim surgiu a “imprensa” com as letras individuais feitas em tipos de liga metálica.
Em 2013 a Google anunciou a abertura do seu Laboratório Quântico de Inteligência Artificial em parceria com a NASA. O laboratório comprou um D-Wave Two, que funciona com 512 qubits e que pode resolver certo tipo de problemas três vezes mais depressa do que o mais rápido de todos os computadores clássicos de hoje. Em 2014 a IBM anunciou um investimento a cinco anos de três mil milhões de dólares em investigação e desenvolvimento, para levar ao fabrico de chips em grafeno e ao procedimento quântico.
Mas já na década de 1990 os físicos descobriram o teletransporte quântica, que significa passar uma quantidade minúscula de dados de um local para outro sem estes dados terem de passar através do espaço intermédio. A Agência Nacional de Segurança do Reino Unido suspendeu um protótipo dos seus projetos de encriptação por ter ficado demonstrado que era vulnerável a ataques quânticos.
Ora, os computadores quânticos podem vir a ser decisivos em esclarecer como emerge a consciência, e de uma vez por todas dar razão, ou não, a alguns autores que têm teorizado acerca da natureza quântica de determinados fenómenos mentais, como por exemplo a telepatia, bem como outros níveis de comunicação nos sistemas biológicos.
Uma abordagem prometedora é a imitação da biologia. A perspetiva mais abrangente a emergir até agora do mundo da nanotecnologia é a de que, quanto mais longe formos, mais nebulosa ficará a distinção entre a ciência da física inanimada e a vida. A natureza é afinal o maior engenheiro da escala do nanómetro. Veja-se o caso das bactérias, que tanta consumição nos têm dado, que só têm 200 nanómetros de comprimento.
Sem comentários:
Enviar um comentário