quarta-feira, 24 de julho de 2019

Susan Blackmore

Susan Blackmore é uma psicóloga muito conhecida no campo das pesquisas sobre os estados alterados de consciência, nomeadamente as experiências fora do corpo e as experiências de quase morte. Ela afirma que as sensações e visões são perfeitamente explicáveis e podem ser vivenciadas também por pessoas que não passam pela situação limite de paragem cardíaca em unidades de cuidados intensivos hospitalares correrendo o risco de morrer. Qualquer coisa que provoque uma sensação de desinibição no cérebro, como drogas, por exemplo, pode causar uma visão ou uma sensação parecida com aquela experimentada pelas pessoas que passaram pela situação de ressuscitação médica por paragem cardiorrespiratória. Ela acredita que, no caso dessas pessoas, as sensações são o último impulso do cérebro para ajudar a enfrentar o trauma da morte.



Consciência – O último grande mistério da ciência – um tópico que os cientistas do século XX negligenciaram nas suas pesquisas acerca da mente e do cérebro, mas depois da viragem do milénio passou a ocupar a maior parte dos trabalhos na área da neurociência, bem como na área da psicologia e da filosofia. Existe uma teoria que explica a essência da consciência? Ou a própria consciência é apenas uma ilusão? Este livro inovador, reúne todas as principais teorias dos estudos da consciência, desde aqueles baseados em neurociência para aqueles baseados na teoria quântica ou filosofia oriental.
O livro examina tópicos tais como experiências subjetivas que surgem de processos cerebrais objetivos, a neurociência básica da consciência, estados alterados de consciência, experiências fora do corpo e perto da morte e os efeitos de drogas, sonhos e meditação. Ela também explora a natureza do self, a possibilidade de consciência artificial em robôs e a questão de saber se os animais são conscientes. A nova edição foi totalmente revista para incluir os últimos desenvolvimentos em neurociência pela utilização das mais recentes tecnologias de captação de imagem funcional do cérebro. Assim como a hipótese de se gerar consciência artificial em robótica.

Como uma jovem estudante impressionável, Susan Blackmore teve uma experiência intensa, dramática e transformadora, parecendo deixar seu corpo e viajar pelo mundo. Sem nenhuma explicação racional para a sua experiência fora do corpo, ela se voltou para a projeção astral e para o paranormal, mas logo se desesperou em encontrar respostas. Décadas mais tarde, um neurocirurgião suíço descobriu acidentalmente o local no cérebro que pode induzir experiência fora do corpo. E tudo mudou. Esse ponto crucial numa determinada área do cérebro, quando perturbado, a nossa experiência do self também é afetada. Blackmore, tendo já como ponto de partida a sua vocação na área da psicologia, passou então a dedicar-se a este tipo de pesquisas para desvendar o que havia acontecido com ela. E assim entrou por uma longa busca em sítios onde a ortodoxia habitualmente não entrava, a busca de respostas em remotas tradições religiosas ligadas à espiritualidade, como o caso da meditação e outras práticas orientais.
Segundo afirma Blackmore, qualquer um pode ter uma experiência fora do corpo. Na verdade, estima-se uma incidência de 15% na população em geral. Já para não falar dos que experimentam a paralisia do sono, o sonho lúcido e a sensação arrepiante de uma presença invisível. 
Com o advento da estimulação cerebral, da ressonância magnética funcional e da realidade virtual, todos esses fenómenos estão a começar a fazer sentido. Há muito tempo relegada às próprias fronteiras da pesquisa, a nova ciência das experiências fora do corpo está agora a contribuir para nossa compreensão da consciência e dos nossos próprios sentidos do eu.

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