No Mar Egeu houve o tempo das invasões persas. E depois veio o tempo da Guerra do Peloponeso. Pausânias governou Esparta de 445 a.C. a 426 a.C. E novamente de 408 a.C. a 395 a.C. Após a vitória de Esparta sobre Atenas na Batalha de Aegospotami, em 405 a.C., os espartanos estavam em posição de finalmente forçar Atenas a capitular. Pausânias cercou a cidade de Atenas, enquanto a frota do almirante espartano Lisandro bloqueava o porto do Pireu. Esta ação efetivamente fechou a entrada dos cereais em Atenas através do Helesponto. Fome em Atenas. Percebendo a gravidade da situação, o estadista ateniense, Theramenes, iniciou negociações com Lisandro. Essas negociações levaram três meses, mas no final, Lisandro concordou com os termos selados em pleno porto do Pireu. Com a capitulação de Atenas, a Guerra do Peloponeso terminou no ano de 404 a.C.
Lisandro colocou em prática um governo fantoche em Atenas com o estabelecimento da oligarquia dos Trinta Tiranos sob a liderança de Crítias, que incluía Terâmenes como um membro importante. No entanto, em 403 a.C. Pausânias foi capaz de minar o domínio de Lisandro sobre Atenas. Lisandro teve de regressar a Esparta em 395 a.C., para iniciar a guerra com Tebas e outras cidades gregas, que passou a ser conhecida como a Guerra Coríntia. Os espartanos prepararam-se para enviar um exército com o apoio dos persas contra esta nova aliança de Atenas (Tebas, Corinto e Argos). Esparta não se tinha envolvido nas distantes operações navais que se tornaram necessárias para a final expulsão dos persas do Mar Egeu.
No que se refere à guerra dos persas, depois de vitória de Leotiquidas em 479 a.C., em Micale, a tarefa que restava para a sua final expulsão requeria o emprego de uma importante frota, que teria de operar longe da Grécia continental, particularmente, do Peloponeso. Potência terrestre, que necessitava conservar importantes contingentes no Peloponeso, para manter a subjugação dos hilotas, Esparta não se dispôs a empreender as operações navais em questão, e acedeu que Atenas, sua aliada, o fizesse.
Lisandro colocou em prática um governo fantoche em Atenas com o estabelecimento da oligarquia dos Trinta Tiranos sob a liderança de Crítias, que incluía Terâmenes como um membro importante. No entanto, em 403 a.C. Pausânias foi capaz de minar o domínio de Lisandro sobre Atenas. Lisandro teve de regressar a Esparta em 395 a.C., para iniciar a guerra com Tebas e outras cidades gregas, que passou a ser conhecida como a Guerra Coríntia. Os espartanos prepararam-se para enviar um exército com o apoio dos persas contra esta nova aliança de Atenas (Tebas, Corinto e Argos). Esparta não se tinha envolvido nas distantes operações navais que se tornaram necessárias para a final expulsão dos persas do Mar Egeu.
No que se refere à guerra dos persas, depois de vitória de Leotiquidas em 479 a.C., em Micale, a tarefa que restava para a sua final expulsão requeria o emprego de uma importante frota, que teria de operar longe da Grécia continental, particularmente, do Peloponeso. Potência terrestre, que necessitava conservar importantes contingentes no Peloponeso, para manter a subjugação dos hilotas, Esparta não se dispôs a empreender as operações navais em questão, e acedeu que Atenas, sua aliada, o fizesse.
Atenas, para esse efeito, organizou, sob a coordenação de Aristides, o Justo, a Confederação de Delos em 478 a.C., mobilizando uma grande frota, que foi confiada ao comando de Címon. Este conduziu brilhantemente os confederados. Iniciando com uma expedição à Trácia, e a conquista das fortalezas costeiras dos persas, concluiu sua campanha com a grande vitória naval do rio Eurímedon, em 466 a.C., na costa sul da Ásia Menor. A Confederação de Delos, tal como urdida por Aristides, baseava-se numa aliança das cidades-estado da Jónia com Atenas, para o fim de ultimar a expulsão dos persas e proteger a Grécia de possíveis futuras agressões.
Não devemos confundir a Jónia com o Mar Jónico e as ilhas Jónicas. A Jónia era uma região da costa sudoeste da Anatólia, hoje Turquia. Ficava entre Mileto e Fócia, e era banhada pelo Mar Egeu, e não pelo Mar Jónico. As cidades da Jónia foram fundadas por imigrantes da região da Grécia Antiga na sequência da invasão dos Dórios: Samos, Quios, Mileto, Éfeso, Colofon, Miunte, Priente, Lêbedo, Teos, Clazómenes, Éritras e Fócia. Posteriormente Esmirna juntou-se às cidades jónicas. Foi a região de origem de um grupo de pensadores conhecidos como pré-socráticos. Era também o local mais provável do nascimento de Homero.
As ilhas Jónicas são um grupo de ilhas no Mar Jónico que fica no lado ocidental da Grécia continental: Corfu, Paxos, Lêucade, Ítaca, Cefalónia Zacinto e Citera. As próprias ilhas são conhecidas por uma confusa variedade de nomes. Durante os séculos de domínio de Veneza, elas adquiriram nomes italianos, pelos quais algumas delas ainda são conhecidos em português: Zante, em vez de Zacinto, e Corfu, em vez de Córcira. Mas algumas denominações venezianas não foram absorvidas pelo português, como Val di Conspare, em vez de Ítaca, Santa Maura em vez de Lêucade e Cérigo em vez de Cítera. Administrativamente pertencem à região (periferia) homónima das ilhas Jónicas.
Cada membro contribuiu com um número de navios ou com correspondente soma em dinheiro. Com o correr do tempo, entretanto, a Liga de Delos se foi convertendo num império ateniense, de que os aliados eram compelidos a participar e para a qual eram forçados a pagar a contribuição que fora fixada por Aristides, convertendo-se esta, praticamente, num tributo. Formou-se uma fação popular, sob a liderança de Efialdes, secundado pelo então jovem Péricles, que veio a prevalecer sobre os segmentos mais conservadores que apoiavam Címon. O momento de inflexão na liderança deste se deu durante a sua expedição de apoio a Esparta, em 462 a.C..
Seguiu-se-lhe a aliança com Mégara, então em disputa territorial com Corinto, a mais importante aliada de Esparta. Era a completa reversão da política de Címon, orientação esta que caracterizaria a longa liderança de Péricles de 461 a 430 a.C.. Geram-se, assim, condições que permitiriam a Callias negociar com a Pérsia a paz que veio a ser conhecida como paz de Callias, em 450 a.C..
A primeira confrontação entre Atenas e Esparta, no período que vai da aliança com Argos e a construção dos longos muros de Mégara, em 462 a.C., à Paz dos Trinta Anos, em 446 a.C., foi inconclusiva. Mas fixou posições de hostilidade entre os dois grandes blocos em que se dividiu a Grécia, gerando as condições que conduziriam à Guerra do Peloponeso, de 431 a.C. à final rendição de Atenas em 404 a.C..
Atenas ataca Potidéia e derrota a sua frota em 432 a.C.. É dessa ocasião a discutida decisão de Péricles de levar a Assembleia ateniense a decretar a proibição de Mégara usar qualquer porto de cidades vinculadas à Liga de Delos, o que significaria a ruína económica de Mégara. Esta última decisão tornou inevitável o desencadeamento da guerra. Por que a terá adotado Péricles? Alguns entendem que, consciente da inevitabilidade da guerra, Péricles procurou, sem formalmente violar o tratado de paz, conduzir a Liga do Peloponeso a arcar com a responsabilidade de iniciar as hostilidades. Outros entendem que Péricles quis, preventivamente, dar uma demonstração da força naval ateniense, de modo a incentivar os espartanos a seguir os que em Esparta, como o rei Arquídamos, que não queriam a deflagração da guerra.
Por Esparta, a aliada Beócia tinha uma excelente cavalaria. E Corinto, apesar da sua pequena frota, alegava poder mobilizar uma grande armada com os recursos de Delfos e Olímpia. Ante esse poderoso inimigo Péricles traçou uma estratégia consistente em evitar batalhas campais. Atenas não dispunha de mais do que 13.000 hoplitas e de 1.200 cavaleiros, e não dispunha de grandes forças auxiliares para guarnecer as muralhas, cuja inferioridade numérica era agravada pelo seu menor treino. Em compensação, porém, Atenas poderia, protegida por suas muralhas, defender-se de qualquer ataque terrestre, enquanto a sua marinha de 300 trirremes, que era forte e superiormente tripuladas, garantiria os suprimentos da cidade enquanto fustigava as costas do inimigo.
Duas outras importantes considerações eram levadas em conta por Péricles. Uma, de caráter económico, consistia no facto de que Esparta era uma potência, mas meramente agrícola, sem recursos financeiros. Ao passo que Atenas ingressava na guerra com reservas de mais de 6.000 talentos. Sem recursos financeiros, Esparta, ao contrário de Atenas, não poderia sustentar uma guerra que não fosse resolvida rapidamente. Por outro lado, a outra consideração em que se baseava Péricles, era o facto de que as forças espartanas não podiam se afastar demasiado, e por muito tempo, das suas bases, porque dependiam da própria agricultura. E isso implicava manterem-se por perto, para evitar revoltas dos hilotas. Diversamente, os atenienses, refugiando-se atrás dos muros, receberiam pelo mar os fornecimentos de que necessitavam, e poderiam sustentar a guerra por longos anos.
Não dispondo de capacidade para romper as muralhas de Atenas, os lacedemónios não podiam tirar proveito da sua superioridade terrestre. Assolavam as terras da Ática mas não pudiam impedir o contínuo abastecimento por via marítima. Enquanto isso, a frota ateniense fustigava as costas da Lacedemónia, destruindo os seus estaleiros e a sua modesta marinha. Como havia suposto Péricles, as expectativas de Corinto, de poder armar uma grande frota recorrendo a Delfos e a Olímpia, não se concretizaram.
Um ano depois de iniciado o conflito procedeu-se em Atenas à cerimónia fúnebre dos primeiros mortos da guerra. Convocado a usar da palavra, Péricles proferiu aquele extraordinário discurso que Tucídides reconstituiu, proclamando a excelência das instituições e dos costumes atenienses, e a sua superioridade sobre os demais helenos. "Em suma, digo que a nossa cidade, em seu conjunto, é a escola de toda a Hélade".
Porque Atenas perdeu a guerra? A Liga de Delos, a aliança militar liderada por Atenas, na qual as cidades componentes deveriam enviar dinheiro, armamentos e soldados para um tesouro comum, não funcionou. Os atenienses utilizaram esse dinheiro para construir grandes obras públicas e investir na cultura. Esparta venceu Atenas por ter uma maior força militar, apesar de não ter tido forças para manter o seu domínio sobre a Grécia Antiga, acabando derrotada pelos macedónios. As forças gregas que se uniram para atacar outros povos e expandir o domínio sobre o Mediterrâneo, no século V, atuaram dentro da própria Grécia. A guerra mostrou também que, apesar da criação das ligas de Delos e do Peloponeso, não houve total submissão das cidades menores em relação a Esparta e Atenas.
Hoje, transcorridos cerca de dois mil e quinhentos anos desde aquela oração fúnebre, seria de justiça, complementando Péricles, reconhecer que Atenas foi a Escola, não apenas da Grécia, mas de todo o Ocidente.
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