segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Habiba Sarābi




Habiba Sarābi, hematologista afegã nascida em 1956 na província de Ghazni, de etnia hazara, em 2005 havia sido nomeada governadora da província de Bamiyan pelo presidente Hamid Karzai. Anteriormente, desempenhou outos cargos, como o de Ministra dos Assuntos da Mulher do Afeganistão, e da Educação. O sobrenome às vezes é escrito Sarobi.

Passou a sua juventude viajando pelo país com seu pai. Mais tarde, mudou-se para Cabul para estudar medicina na universidade. Depois de se formar, em 1987, recebeu uma bolsa da Organização Mundial da Saúde e mudou-se para a Índia para concluir os seus estudos em hematologia.

Durante o governo Taliban no Afeganistão fugiu para Peshawar, no Paquistão, juntamente com os filhos. O marido dela ficou em Cabul para cuidar da família. Ela também trabalhou clandestinamente como professora de meninas, tanto no Afeganistão como no Paquistão em campos de refugiados.

Como governadora, Sarabi desenvolveu o turismo na região como fonte de receita. Essa província foi historicamente uma fonte da cultura budista, onde se localizavam as estátuas gigantes dos Budas que os talibans destruíram. No entanto, Bamiyan continua uma das províncias mais pobres e subdesenvolvidas do Afeganistão, com altas taxas de analfabetismo e pobreza. A criação do Parque Band-e Amir em Bamiyan valeu-lhe o recebimento de vários prémios, que não ficaram por aqui, também recebeu o Prémio N-Peace em 2016 pelo trabalho desenvolvido em prol da igualdade de género. Em 8 de março de 2018, Dia Internacional da Mulher, fez uma declaração ao Conselho de Segurança da ONU durante o Debate Aberto sobre a Missão das Nações Unidas no Afeganistão. E em 2020 fez parte da equipa das negociações para a paz no Afeganistão.

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