sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Ponte Bolshoy Moskvoretsky, local do assassinato de Boris Nemtsov




Ponte Bolshoy Moskvoretsky, local do assassinato de Boris Nemtsov


Boris Yefimovich Nemtsov [1959-2015] foi um físico e político liberal russo. Esteve envolvido na introdução de reformas na economia russa pós-soviética. Na década de 1990, sob o Presidente Boris Yeltsin, foi o primeiro governador do Oblast de Nijni Novgorod (1991-97). Mais tarde, foi Ministro dos Combustíveis e Energia (1997), Vice Primeiro-Ministro da Rússia e membro do Conselho de Segurança de 1997 a 1998. Em 1998, fundou o movimento Jovem Rússia. Em 1998, foi um dos fundadores da coligação Causa Direita e, em 1999, da União das Forças de Direita, um bloco eleitoral que depois se tornou um partido político. Nemtsov foi também membro do Congresso dos Deputados do Povo (1990), do Conselho da Federação (1993-97) e da Duma Federal (1999-2003).

Mas a partir de 2000 declarou-se um crítico do governo de Putin. Denunciou que o regime se tornara cada vez mais autoritário e antidemocrático: destacando a especulação e os desvios de recursos generalizados, antes dos Jogos Olímpicos de Sochi, e a interferência política e o envolvimento militar da Rússia na Ucrânia. Depois de 2008, Nemtsov publicou extensos relatórios sobre a corrupção no governo Putin. Nemtsov foi também um ativo organizador e participante das Marchas dos Dissidentes, da série de protestos denominada Estratégia-31 e dos protestos em 2011 e 2013.

Boris Nemtsov foi assassinado em 27 de fevereiro de 2015, ao lado de sua parceira ucraniana Anna Durytska, na 
Ponte Bolshoy Moskvoretsky que fica muito perto do Kremlin. Quatro tiros disparados pelas costas. Naquele dia, ele estava em Moscovo a participar na organização de um protesto contra a intervenção militar russa na Ucrânia e contra a crise financeira russa. Paralelamente, Nemtsov preparava um relatório sobre a participação de tropas russas ao lado dos dissidentes pró-russos em guerra no leste da Ucrânia. No entanto, o que o Kremlin vinha negando tudo isso. Nas semanas anteriores à sua morte, ele expressara o temor de que Putin o mandasse matar. Nemtsov se tornara um dos maiores críticos do chefe do Kremlin. Poucas horas antes da sua morte, numa entrevista, ele voltara a denunciar a ineficiência e a corrupção no governo, além de expressar fortes críticas à política russa na Ucrânia.

No final de junho de 2017, cinco homens procedentes da Chechénia foram julgados em um tribunal de Moscovo, acusados de terem assassinado Nemtsov em troca de 15 milhões de rublos. O júri os considerou culpados. A identidade do mandante do crime, porém, não é oficialmente conhecida.

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