sexta-feira, 3 de abril de 2020

Imagens de microscopia eletrónica do COVID-19


Sanitarista tranquiliza foliões sobre risco de coronavírus no ...

O COVID-19 tem o formato de uma esfera, com um diâmetro que varia entre 60 e 140 nm (nanómetros). e a membrana glicoproteica, que envolve o material genético, está revestida por espículas proteicas com a espessura que varia entre 9 e 12 nm; que é o que permite ao vírus entrar na célula.


1 nm (nanómetro) - é um milésimo do μm (micrómetro) = 0,001; e um milionésimo do mm (milímetro) = 0,000001.


O ångström (Å) é a unidade de medida comumente utilizada na Física para lidar com grandezas da ordem do átomo ou dos espaçamentos entre dois planos cristalinos. O ångström equivale a 0,1 nanómetros.



A origem dos vírus não é totalmente clara. Porém, foram propostas algumas hipóteses:

Evolução química: Os vírus podem representar microrganismos extremamente reduzidos, formas primordiais de vida que apareceram separadamente na sopa primordial que deu origem às primeiras células. Com base nisto as diferentes variedades de vírus teriam tido origens diversas e independentes. No entanto, esta hipótese tem pouca aceitação.
Evolução retrógrada: Os vírus teriam surgido a partir de microrganismos parasitas intracelulares que ao longo do tempo perderam partes do genoma responsáveis pela codificação de proteínas envolvidas em processos metabólicos essenciais, mantendo-se apenas os genes que garantiriam aos vírus a sua identidade e capacidade de replicação.
Auto-replicação doADN: Os vírus originaram-se a partir de sequências de ADN autorreplicantes (plasmídeos e transposons) que assumiram uma função parasita para sobreviverem na natureza.
Origem celular: Os vírus podem ser derivados de componentes de células de seus próprios hospedeiros que se tornaram autónomos, comportando-se como genes que passaram a existir independentemente da célula. Algumas regiões do genoma de certos vírus assemelham-se a sequências de genes celulares que codificam proteínas funcionais. Esta hipótese é apontada como a mais provável para explicar a origem dos vírus

Diversos são os processos responsáveis por gerar variabilidade genética dentro de uma população viral. Entre tais processos, estão: mutações, recombinações, rearranjos genéticos em coinfeções, entre outros. A fidelidade e a frequência dos processos de replicação, as taxas de ocorrência de coinfecções, o modo de transmissão, o tamanho e a estrutura das populações (virais e de hospedeiros) são fatores que influenciam a geração da variabilidade genética viral. Quando os vírus se reproduzem no interior de uma célula, o material genético viral pode sofrer mutações, originando uma grande diversidade genética a partir de um único tipo de vírus. 

Vírus de ARN, que dependem das enzimas ARN polimerase ou transcriptase reversa para se replicar, que é o caso do COVID-19, apresentam taxas de mutação mais elevadas, se comparados a vírus de ADN. Isto ocorre porque tais enzimas não são capazes de corrigir os erros provocados no decorrer da replicação. O que parece paradoxal neste novo coronavírus COVID-19 é ter uma grande eficiência em corrigir erros. Ao passo que os vírus de ADN, que usam a maquinaria enzimática celular, apresentam taxas reduzidas de mutações genéticas, pois utilizam enzimas celulares que possuem a habilidade de reparar os erros gerados durante a síntese de ADN.

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