terça-feira, 14 de abril de 2020

Os 4 cavaleiros do Apocalipse



O que está por trás dos símbolos, e qual é a real mensagem de mitos pretéritos que podem ser contextualizados nos dias de hoje? Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse: é sem dúvida uma das mensagens Bíblicas mais intrigantes, pelo simbolismo que encerra. A história tratou de destacá-los da Bíblia, transformando-os num mito que recebeu diversas interpretações ao longo dos séculos. Assim como o Génesis é a porta de entrada da Bíblia, que se inicia com a descrição da criação, relatada pelos sacerdotes do exílio Babilónico, tendo como figura central o Deus que cria ex nihillo, podemos dizer também que o Apocalipse é a porta de saída da Bíblia, em que é montado um grande palco, com um cenário espetacular, em que os personagens simbólicos são animais e pessoas que se misturam, entrando e saindo de cena a todo instante, com direito a trovoadas, terramotos e toques de trombetas, tendo como ponto máximo, a figura central mais importante desse drama que narra toda a história da humanidade. 

O livro do Apocalipse é um livro enigmático, de difícil leitura e interpretação. Para muitos é um livro intocável, somente acessível a teólogos. Não são poucos os que fazem uma leitura conveniente, tirando dele passagens que justificam esta ou aquela atitude. Há muita confusão quanto à sua leitura, em função de uma linguagem cifrada, codificada e simbólica que esse livro encerra. Por exemplo, na 
linguagem simbólica do Apocalipse, quando o autor se refere ao Cordeiro, logicamente ele associa essa imagem à pessoa de Jesus à espera de que os cristãos daquela época, quando ouvissem a palavra Cordeiro, logo percebessem que se tratava de Jesus e não do animal em si. O símbolo tem, portanto, essa capacidade de evocar, de manifestar, de revelar aquilo que está oculto.

Que lendários cavaleiros?  Que mensagem? Escrito por volta do ano 95, tinha por finalidade o consolo e a exortação à perseverança na fé dos cristãos que estavam sofrendo com a perseguição do Império Romano, pelo facto de se negarem à adoração da imagem do imperador da época, Domiciano, a besta apocalíptica por excelência. Para se proceder a uma leitura correta de Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, é necessário conhecer o tipo de literatura da época em que foi escrito o livro, no qual esse texto está contido. Sem dúvida, o apocalíptico exerce uma fascinação mórbida sobre a mente humana. 

Além de ser o último livro da Bíblia, o Apocalipse é o único livro profético do Novo Testamento. Apocalipse em grego significa tirar o véu ou desvendar. O livro é uma Revelação, da qual Jesus Cristo é ao mesmo tempo, autor e figura principal e central, para o qual converge toda a Revelação referente ao passado, presente e futuro, pois Ele é o vértice de tudo o que está escrito. É consenso no meio literário bíblico que existe mais de um autor do Apocalipse. Mas, para todos os efeitos, o nome de João, como autor e personagem desse livro, é o que vigora. Trata-se de um escritor radicado no Oriente, de grande fantasia, um profeta que vislumbra os destinos humanos num horizonte de eternidade, um vidente que presencia o último acontecimento do mundo: o choque entre o bem e o mal. João usou como recurso metodológico um género literário que fazia parte daquela época: a apocalíptica desenvolvida entre os séculos II a.C. e I d.C.  

É um livro com forte conotação político-religiosa, pois os escritos apocalípticos são caracterizados por uma visão pessimista da história, entre um presente catastrófico, e um futuro radioso e redentor. As catástrofes neles descritas, que afetam todo o Universo, precedem o estabelecimento do Reino de Deus no mundo. Os textos apocalípticos têm um caráter revolucionário e subversivo, pois se trata de uma crítica velada ao opressor do momento. Havia várias razões para o uso da linguagem simbólica pelos autores: ocultar dos estranhos e revelar aos iniciados; impressionar e causar um efeito dramático e emocional; dirigir a obra à imaginação (não à razão); descrever o indescritível; ser ambíguo. Para entender o Apocalipse, portanto, é preciso descobrir o que está por trás das palavras, dos símbolos. O Apocalipse está repleto de simbolismo. João usa e abusa dos símbolos na transmissão de acontecimentos, de ideias e sentimentos, que de outra forma não poderiam passar. A pretensão do autor apocalíptico era apresentar de alguma forma o inimaginado para nos sugerir a grandiosidade do divino.  Assim, ao seguir uma tradição de género apocalíptico já presente no Antigo Testamento, principalmente no livro de Daniel, João lança mão de uma linguagem simbólica envolvendo elementos da natureza, números, cores, sons, objetos e animais, para levar a mensagem de Deus ao seu povo perseguido pelas forças do mal. 

O ser humano é um ser simbólico. Tudo aquilo que produz está de alguma maneira impregnado de simbolismo e isso o diferencia dos animais irracionais. Assim, o ser humano em suas experiências quotidianas, está continuamente a produzir símbolos, não apenas na linguagem, mas em todas as suas manifestações afectivas. Sistemas simbólicos aos quais se associa o sistema religioso, que ocupa lugar especial. Símbolo vem do grego sum-ballo ou sym-ballo, que significa juntar, associar. Seu contrário é o dia-ballo (diabo), separar. A função do símbolo é a junção (união) de dois elementos que embora separados, se evocam, se iluminam, se complementam mutuamente. O símbolo é uma maneira especial de ler a realidade, pois o mesmo revela uma dimensão mais profunda que a olho nu não se vê. Ao juntar dois elementos separados, por essa junção, iluminam-se mutuamente. Entender o que seja o símbolo é importante, no que se refere à leitura do Apocalipse, porque o mesmo é uma chave para ler a realidade de outra maneira. Revela uma dimensão mais profunda que a olho nu não se vê.

Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, juntamente com os seus cavalos, correspondem aos quatro primeiros selos de um dos cinco setenários que compõem o Apocalipse. A história cuidou de destacá-los daquele livro, como se fosse uma história em particular, transformando-o num mito que ao longo dos séculos foi motivo de diversas interpretações. Por todas as desgraças que anunciam, os quatro cavalos e cavaleiros sempre foram vistos como sinal do fim do mundo. E durante a Primeira Guerra Mundial, muitas seitas protestantes acreditaram ter chegado o fim. 
As previsões escatológicas anunciadas pelos quatro cavaleiros também se encontram nos evangelhos sinópticos, como anúncios de guerra, de conflitos mundiais, de tremores de terra, de fomes, de perseguições e de perturbações celestes. Isso demonstra haver um paralelismo entre esses textos, a que João recorre para ilustrar o cenário a partir do qual irá descrever suas visões desses quatro cavaleiros extraordinários, revestidos de toda uma simbologia, por trás da qual se encontra a mensagem que queria passar ao povo da época. A desconstrução do mito que se criou em torno desses cavaleiros é assim um desvelar do que está por trás dos símbolos que o texto apocalíptico apresenta.

Os números são os elementos simbólicos mais constantes no Apocalipse. O número 7 aparece 470 vezes em toda a Bíblia, sendo que no Apocalipse aparece 51 vezes. Indica totalidade, plenitude. O número 7 é a composição dos números 3 e 4, indicando plenitude, perfeição, totalidade. O 3 é o número de Deus que na língua hebraica compõe o superlativo Três vezes Santo, que significa santidade. E o 4, é um número cósmico que se refere aos quatro cantos da terra, significando também o número dos elementos do Universo: terra, fogo, água e ar. Desse número também se origina a palavra quadrangular, que é sinal de plenitude e perfeição. Quatro também são os seres vivos, que Indicam os seres mais fortes que presidem ao governo do mundo físico, indicando de igual modo os quatro elementos que formam o ser humano: touro (instinto), leão (sentimento), águia (intelecto), homem (rosto). A associação desses quatro elementos formavam o ser mitológico da Babilónia, chamado Karibu ou Querubim, e a Esfinge do antigo Egito, além de evocar as visões de Isaías e, sobretudo, de Ezequiel. 4 também são os cavalos e cavaleiros do Apocalipse. O simbolismo do cavalo na Bíblia costuma ser sinal do poder opressor [uma arma de guerra] que vem correndo, arrasando com tudo. Venha! Esse grito evoca a palavra criadora de Deus que chamava as criaturas e elas vinham, se apresentavam e começavam a existir e no Apocalipse, essa invocação "venha" refere-se ao começo de uma nova criação.

"Venha!. Vi então quando apareceu um cavalo branco." No oriente o branco é um sinal do luto, que no ocidente é o preto. O primeiro cavaleiro tinha um arco, e deram-lhe uma coroa. Ele partiu, vitorioso e para vencer ainda mais. Por ter em mãos uma arma de guerra, o primeiro cavaleiro é uma força negativa, geradora de morte. Tanto a cor do cavalo como a coroa são símbolos da vitória. O arco simboliza o poder dos exércitos. Devido à simbologia da cor branca desse primeiro cavalo e pelo facto de o mesmo vir montado por um cavaleiro triunfante invencível, muitos o atribui a Cristo, mas ao contrário do que pensam, não se trata de Cristo pois até aquele momento Ele é o Cordeiro pascal sacrificado, vindo a aparecer somente no capítulo 19, versículo 11, de forma triunfante e invencível montado num cavalo branco. Na realidade, esse primeiro cavaleiro com toda probabilidade simboliza o Anticristo, que continua vitorioso até que Cristo venha desarmá-lo. Por isso, ele está vestido de branco, como Cristo, a quem procura imitar. É o lobo em pele de cordeiro. Os personagens desse primeiro selo, o cavalo branco e seu cavaleiro, portador de um arco, remete aos Partos, cujo império rivalizava com o de Roma. Os Partos eram conhecidos como criadores de cavalos brancos, chamados de feras da terra, e tinham como arma de guerra o arco. Os Partos tinham a pretensão de conquistar tudo pela força, sendo por isso o símbolo da ganância e eram ameaça constante para os Romanos. João imaginava que uma vitória maciça contra Roma. Assim, embora os Partos fossem perigosos e temidos por todos, inclusive pelos cristãos perseguidos naquela época, no entanto estes viam neles uma esperança pela possibilidade que representavam, de uma derrota do Império Romano. A mensagem de Jesus que João queria passar, escondida por trás desses símbolos, é que os cristãos perseguidos deveriam abrir os olhos a fim de descobrirem que na origem de todas as relações sociais se instalaram a cobiça e o desejo de dominar. 

O segundo cavaleiro Vi quando o Cordeiro abriu o segundo selo. E ouvi o segundo Ser vivo dizer: Venha. Apareceu então outro cavalo, era vermelho. Seu cavaleiro recebeu poder para tirar da terra a paz, a fim de os homens se matarem uns aos outros. E entregaram para ele uma grande espada. O segundo cavaleiro, a exemplo do primeiro, tem também em mãos uma arma de guerra, uma espada, com a qual derrama sangue. O cavalo vermelho simboliza os poderes hostis a Deus que desencadeiam guerras civis no seio dos povos e fazem que as pessoas se voltem contra seus próprios irmãos e se degolem mutuamente. Muitas guerras civis haviam acontecido no Império Romano entre 41 d.C. e 69 d.C. Portanto, esse cavaleiro por todos os símbolos que o acompanham, significa nitidamente a guerra e a violência na história. A cor do cavalo vermelho se encaixa perfeitamente à realidade da época, em que pela força da espada os romanos espalhavam o terror, derramando sangue inocente, com a pretensão de impor a paz no mundo. A pax romana era uma paz de cemitério, imposta goela abaixo sem qualquer oposição, porque qualquer sinal de reação poderia significar a perda da vida. Com a descrição do conjunto simbólico desse segundo selo, o Apocalipse critica fortemente a pax romana, dizendo que o segundo cavaleiro tira da terra a paz, pois se impõe pela violência. Se o primeiro cavaleiro simboliza a ganância de poder, o segundo cavaleiro é filho do primeiro, pois a violência é filha da ganância, enfim, são duas forças aliadas do mal que atuam juntas ao longo da história. O que a mensagem apocalíptica quer mostrar é que uma sociedade fundada sob a ganância tem no alto da pirâmide os poderosos que esmagam os pobres, os pequenos. O segundo cavaleiro tem o poder de tirar a paz da terra, a fim de que os homens se destruam uns aos outros. Isso é o que acontece quando se elege a ganância como princípio que regula as relações sociais, as pessoas se matam entre si para ter mais.

 O terceiro cavaleiro Vi quando o Cordeiro abriu o terceiro selo. E ouvi o terceiro Ser vivo dizer: Venha!. Apareceu então um cavalo preto. O cavaleiro tinha na mão uma balança. Ouvi uma voz que vinha do meio dos quatro Seres vivos, e dizia: Um quilo de trigo por um dia de trabalho! Três quilos de cevada por um dia de trabalho! Não danifiquem o óleo e o vinho. O cavaleiro desse terceiro selo, ao invés de uma arma (como os dois primeiros), traz na mão direita uma balança. A balança é símbolo do comércio. É um instrumento para pesar os alimentos. Tanto o cavalo preto, como o cavaleiro e a balança simbolizam a injustiça social da época. Simbolizam a fome e a carestia que normalmente assola a população pobre, em tempos de guerra. A cor preta desse terceiro cavalo simboliza a fatalidade à qual estava destinado o povo sofredor e que não tinha o que comer. Um denário, por um dia inteiro de trabalho dava unicamente para comprar um litro de trigo. A situação era de apertar o cinto mesmo. João quer mostrar que o terceiro cavaleiro, juntamente com o seu cavalo, são responsáveis por esvaziar o bolso do povo, apertando o cinto a quem trabalha, que não tem como defender a vida. Isso é resultado da ganância que gera a violência, que por sua vez provoca a exploração económica. É o poder da balança, desmascarada pela denúncia profética (a voz que vem do meio dos 4 Seres vivos). A escassez dos alimentos básicos do pobre, o trigo e a cevada, se dá pelo facto de que o imperialismo romano havia roubado todas as terras dos povos conquistados, tornando o império o grande latifúndio do imperador. Com isso, ao invés de plantar cevada e trigo para seu próprio sustento, o povo dominado produzia óleo e vinho para a capital romana. Isso fez com que o trigo e a cevada se tornassem produtos escassos, com um preço exorbitante. Desta forma, enquanto o rico se fartava com o supérfluo, o povo morria de fome. Deixou-se de produzir para uma economia de sobrevivência (trigo e cevada) e o povo teve de trabalhar a terra do governo para exportar e sustentar os poderosos. Em Ezequiel (4,9), encontramos uma situação semelhante, devido à infidelidade do povo de Deus. Trigo, vinho e azeite eram sinal da abundância que Deus oferece ao seu povo. Mas estas coisas iriam faltar, caso o povo não fosse fiel à lei de Deus. Verifica-se na descrição desse terceiro cavaleiro a falta dos alimentos básicos, enquanto o óleo e o vinho ainda são preservados. João quer mostrar que o poder do opressor tem um limite e que Deus continua protegendo o seu povo, afinal, basta uma carestia para mostrar toda a fragilidade de seu poder e o castigo do opressor será tanto maior quanto mais sobrarem os bens supérfluos e mais faltarem os necessários, indicados pelo óleo e pelo vinho. 

O quarto cavaleiro Vi quando o Cordeiro abriu o quarto selo. E ouvi o quarto Ser vivo dizer: Venha!. Vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro era a morte. E vinha acompanhado com o mundo dos mortos. Deram-lhe poder sobre a quarta parte da terra, para que matasse pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras da terra. O quarto cavaleiro tem três coisas que o diferenciam dos primeiros: não porta qualquer arma nas mãos; é o único que tem um nome: a morte ou a peste e tem um acompanhante simbólico, o Hades (morada dos mortos), o que equivale dizer que esse cavaleiro é seguido por todos os poderes hostis ao projeto de Deus. A cor esverdeada do cavalo por ele montado, é a cor de cadáver que apodrece, simbolizando a morte. Normalmente após as guerras e a fome que delas resulta, seguem-se períodos de epidemia, pandemia, peste que muitas vezes levam à morte. É o que esse cavalo e cavaleiro, com o seu companheiro de caminhada simboliza. Este cavaleiro encarna em si, como uma síntese, todos os outros três cavaleiros: a ganância (primeiro cavalo/cavaleiro), que gera a violência (segundo cavalo/cavaleiro), que por sua vez provoca a exploração (fome) (terceiro cavalo/cavaleiro) que leva à morte. No entanto, a morte não terá a última palavra. Ela acaba com um quarto da humanidade, ou seja, o seu poder é limitado. 

 O mito dos quatro cavaleiros, como portadores de catástrofes que remetem ao fim do mundo, ao longo da história, a conclusão à qual chegamos é a de que não dá para fazer uma leitura correta do mesmo, sem considerarmos o período histórico ao qual se refere, não podendo ser destacado dos demais textos do Apocalipse, porque todos os capítulos desse livro formam um conjunto único. Os quatro cavaleiros do Apocalipse portanto, só se complementam com a abertura dos três restantes selos: o quinto, representando o trono de Deus transformado em templo celestial semelhante ao templo de Jerusalém, no qual as comunidades ao ouvirem o grito angustiado dos mártires que se encontram debaixo do altar, degolados que foram pelo testemunho da Palavra de Deus, clamando por justiça, reconhecem o tempo presente, o tempo de perseguição no qual estão vivendo, mas que em breve acabará, pois Deus não tarda com sua justiça que virá com o sétimo selo. Antes, porém, a abertura do sexto selo lembra as previsões do capítulo 13 de São Marcos, cuja narrativa faz eco às descrições dos profetas sobre a chegada do Dia do Senhor no Antigo Testamento. Os perseguidores fogem apavorados: reis, militares, magnatas, poderosos, todos perdendo o sentido da existência e buscando o impossível: escondem-se da face de Deus. É a descrição simbólica do fim do mundo, em que o mundo de baixo se desintegra. O sol perde o brilho, a lua fica como sangue, as estrelas caem, o céu se enrola, as montanhas e as ilhas são removidas de seu lugar. Desta forma, a antiga criação se desestabiliza e começam as dores de parto da nova criação. É a chegada do Dia de Javé e fica a pergunta no ar: Nesse cataclismo universal, o que acontecerá com as comunidades?  

O Apocalipse, se bem lido e interpretado, sempre terá o seu valor para o nosso tempo. Ao contrário do que muitos pensam ou interpretam erroneamente, o Apocalipse foi escrito para aquela época, mas os seus ensinamentos permanecem  até aos dias de hoje, valendo, portando para os nossos dias, mas sempre em vista do que aconteceu naquela época. Sua mensagem, escondida atrás dos símbolos, é de uma riqueza tão grande, que muito tem a nos dizer nos dias de hoje, não eliminando, portanto, interpretações actualizadas dos quatro cavalos e dos quatro cavaleiros que os montam, pelo contrário, é bom que, em cada época, o homem reflicta sobre quais são os cavalos e os cavaleiros do mal, e que cores têm. Isso tudo leva-nos a afirmarmos que destacar apenas uma parte de um todo, sem conhecer os demais textos que com ele se correlacionam, é incorrer no erro de interpretações isoladas que nada tem a ver com o que é real, quando visto em todo o seu conjunto. Foi o que aconteceu com os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, que ao longo da história transformou-se num mito, cujo significado se distancia muito do seu significado original.


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