Protegida pela sua localização no coração do Império Aqueménida, Persépolis não contava com defesas sólidas. Ademais, a posição no pé de Kuh-e Ramât representava um ponto fraco graças a um débil desnível no leste, entre o terraço e o solo. Este lado estava protegido por uma muralha e por torres. A informação sobre a conquista e destruição de Persépolis por Alexandre Magno procede principalmente dos textos dos historiadores antigos, especialmente Plutarco, Diodoro Sículo e Quinto Cúrcio Rufo.
Os Persas, desde Ciro II, eram dotados de construções monumentais. A princípio, inspirados nos povos conquistados, os arquitetos aqueménidas integraram as influências de fora, particularmente as gregas, mas rapidamente desenvolveram uma arte própria, original. Se em Pasárgada, (a primeira capital da Pérsia Aqueménida no tempo de Ciro II, a 87 quilómetros nordeste de Persépolis) os traços arquitetónicos mostravam uma influência nómada com os seus edifícios esguios, dispersos num imenso parque, passaram apenas cinquenta anos para que em Persépolis se erguessem colunas num equilíbrio milimétrico de distâncias.
De facto, com a anexação da Jónia às satrapias persas, os aqueménidas também anexaram a arquitetura jónica com a suas colunas magistrais particularmente visível nos hipostilo e pórticos dos palácios de Persépolis. Encontrando-se o estilo jónico no seu apogeu na Ásia Menor, depois da invasão persa parou aqui para se expressar de maneira brilhante e exclusiva em Persépolis. Os Persas não deixaram na Jónia nenhum arquiteto para amostra. Tudo o que havia de arquiteto lídio e jónio foi contratado e levado para a Pérsia, inicialmente para Parságada e depois para Susa e Persépolis. Deve dizer-se em abono da justiça que a influência da Mesopotâmia está também muito presente, em particular as associadas a dois palácios, um para audiência pública e o outro para a audiência privada. É o caso, por exemplo, da Porta das Nações com aqueles homens touros alados em guarda, que são de estilo assírio.
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