domingo, 22 de setembro de 2019

Misantropia



Este é um assunto a propósito do programa da TSF do domingo passado que comentava um post das redes sociais em que uma tal Georgina Figueiredo Guarani-Kaiowá uma ex-responsável do PAN, e alvo de duras críticas nas redes sociais, que dizia: "há gente a mais neste planeta. A maior parte desta não vale os recursos que consome. Cada vez mais tenho nojo destes semelhantes em espécie com que me vou cruzando e sou obrigada a partilhar o ar que respiro. Que venha uma praga que limpe esta merda de gente. Dixit." O PAN "repudia integralmente" as declarações e garante que a pessoa em causa já não faz parte do partido. Georgina Figueiredo revela, no Facebook e Linkedin, que foi presidente da concelhia do Porto do PAN e membro da Comissão Nacional do PAN, um cargo que terminou em dezembro de 2015. 



Le Misanthrope (O Misantropo) é uma comédia de costumes da autoria do dramaturgo francês Molière, criada em 1666. É uma paródia de um personagem de princípios rígidos que não considera ninguém digno de se comparar com ele. É a sua verdadeira natureza. 

Misantropia é a aversão ao ser humano e à natureza humana em geral. Também engloba uma posição de desconfiança e tendência para antipatizar com outras pessoas ou um determinado grupo de pessoas. Um misantropo é alguém que desconfia da humanidade de uma forma generalizada. 


Especismo é o contraponto de misantropia - ponto de vista de que uma espécie, no caso a humana, tem todo o direito de explorar, escravizar e matar as demais espécies por considerá-las inferiores. É a atribuição de valores ou direitos diferentes a seres dependendo da sua afiliação a determinada espécie. O termo foi criado e é usado principalmente por defensores dos direitos dos animais para se referir à discriminação que envolve animais meramente baseada na sua espécie, nomeadamente quanto ao direito de propriedade ou posse. O especista acredita que a vida de um membro da espécie humana, pelo simples facto do indivíduo pertencer à espécie humana, tem mais peso e mais importância do que a vida de qualquer outro ser. Os fatores biológicos que determinam a linha divisória da nossa espécie teriam um valor moral – nossa vida valeria “mais” que a de qualquer outra espécie. 

O especista sustenta a sua opção com grandes linhas de justificação: a espécie humana ser omnívora desde que existe como tal, manifestando essa diversidade de fontes alimentares no sucesso da sua presença desde os polos ao Equador, desde os litorais às altas montanhas; o controlo de pragas nas cidades, onde vive mais de metade da população humana - formigas, baratas, ratos, pulgas e outras espécies ditas sencientes têm impactos severos na saúde pública se não forem controladas; a superioridade da espécie humana permitiu o o desenvolvimento de conceitos civilizacionais, tais como o Direito, que ora se pretendem estender a outras espécies (que os desconhecem); a contradição de os alegados defensores dos animais não reconhecerem direitos a espécies não animais – uma discriminação objetiva – valorizando a vida de uma formiga acima da de uma sequoia gigante; a hipocrisia na alimentação dos animais de companhia de muitos alegados defensores dos animais, na sua grande maioria feita com carne de outros animais; o paradoxo absoluto de os alegados defensores dos animais estarem preocupados pelos alegados abusos alimentares dos humanos em relação aos animais, quando toda a ecologia da Terra está assente em cadeias alimentares, como o exemplo da baleia que mata milhares de indivíduos.


Existem basicamente dois tipos de especismo: o mais comum, o especismo elitista, que é o preconceito para com todas as espécies que não a humana. Este tipo de especismo tem ligação bastante próxima com o antropocentrismo muito disseminado em culturas ocidentais; a outra forma de especismo é o especismo eletivo, ou seja, aquele que escolhe alguma(s) espécie(s) em particular como alvo da discriminação. Por exemplo, algumas pessoas podem acreditar que nunca se deve tirar a vida de um cão ou de um gato, mas ao mesmo tempo podem ignorar o direito à vida de um boi ou um porco, e se alimentando destes. Alguns também são capazes inclusive de matar insetos simplesmente por estarem diante de algum.

Zoofilia é uma parafilia, definida pela atração ou envolvimento sexual de humanos com animais de outras especies. Tais indivíduos são chamados zoófilos. Os termos zoossexual e zoossexualidade descrevem toda a gama de orientação humana/animal. Um outro termo, bestialidade, se refere ao ato sexual entre um humano e um animal não-humano. Enquanto a zoofilia é legal em alguns países, não é explicitamente aceite na maioria dos países, sob as leis de abuso animal e crueldade contra os animais, e menos comum, crime contra a natureza. Há pessoas que não veem a zoofilia como antiético desde que não haja dano ou crueldade contra o animal, mas esta visão não é largamente compartilhada, pois a maioria defende que os animais, assim como as crianças, não são capazes de consentir emocionalmente tal ato.

Cinofilia é o amor aos cães. Aquele que é adepto da cinofilia é tratado como cinófilo.
Etimologicamente, a cinofilia se refere ao interesse, amor, ou mesmo paixão pelos cães, um animal que tem — juntamente com o gato— um lugar privilegiado entre os animais de estimação no ocidente, é muitas vezes apresentado como o "melhor amigo do homem". 


Veganismo é uma ideologia de vida que procura excluir, na medida do possível e do praticável, todas as formas de exploração animal, seja na alimentação, vestuário ou qualquer outro meio. Os vegans não consomem alimentos de origem animal, como carne (incluindo peixes, moluscos e insetos), laticínios, ovos e mel - além de evitar materiais derivados de animais, produtos testados em animais e lugares que usam animais para entretenimento. Embora a dieta vegan e o princípio da não exploração dos animais tenham sido definidos na fundação da Sociedade Vegan em 1944, Leslie J. Cross, em 1949, achava que a sociedade carecia de uma definição mais ligada aos "direitos animais", exigindo de seus membros a estrita obediência a esses termos, “o princípio da emancipação dos animais da exploração pelo homem”. Isto foi posteriormente definido como “buscar o fim do uso de animais pelo homem para alimentação, mercadorias, trabalho, caça, vivissecção e quaisquer outros usos envolvendo a exploração da vida animal pelo homem”.

Direitos Animais é um conceito segundo o qual todos ou alguns animais são capazes de possuir a suas próprias vidas, vivem porque deveriam ter, ou têm, certos direitos e alguns direitos básicos deveriam estar contemplados em lei.A visão dos defensores dos direitos animais rejeita o conceito onde os animais são meros bens capitais ou propriedade dedicadadao benefício humano. O conceito é frequentemente usado de forma confusa com a posição do bem-estar que acredita que a crueldade empregada em animais é um problema, mas que não dá direitos morais específicos a eles.

Alguns ativistas também fazem distinção entre animais sencientes e autoconscientes e outras formas de vida, com a crença de que somente animais sencientes ou talvez somente animais que tenha um significativo grau de autoconsciência deveriam ter o direito de possuir suas próprias vidas e corpos, independente da forma como são valorizados por humanos.

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