Um pouco por todo o mundo, dos Estados Unidos a Espanha, as democracias liberais estão sob ataque, enquanto o autoritarismo cresce. Em O Crepúsculo da Democracia, 2021, Anne Applebaum argumenta que os sistemas políticos baseados em crenças radicalmente simples são mais cativantes, em especial quando recompensam e beneficiam os verdadeiros crentes, que são os soldados leais, os amigos e os familiares do líder. Nenhum déspota governa sozinho: precisa de aliados, burocratas e personalidades públicas que o apoiem e preparem o terreno para a sua ascensão ao poder. Applebaum analisa como os novos adeptos do 'iliberalismo' se organizam e mobilizam. Demonstra como as teorias da conspiração, a polarização da opinião pública, as redes sociais e a nostalgia por um passado idealizado são usadas como armas para transformar as sociedades em que vivem.
Tomando como exemplo casos históricos: do Estalinismo à Alemanha Nazi. E atuais: a começar pela Polónia; de Boris Johnson a Viktor Órban; passando pela Espanha e pelo Brasil - a historiadora revela como o sonho da democracia se esboroou nos últimos 30 anos, colocando amigos de longa data em trincheiras opostas, asfixiando o debate público e beneficiando aqueles que defendem uma mensagem divisória, repressiva e autoritária.
Anne Elizabeth Applebaum nasceu em Washington a 25 de julho de 1964. É uma jornalista e historiadora norte-americana. Escreveu extensivamente sobre marxismo-leninismo e o desenvolvimento da sociedade civil na Europa Central e Oriental. Trabalhou no The Economist e The Spectator. Membro do conselho editorial do The Washington Post de 2002 a 2006. Ganhou o Prémio Pulitzer em abril de 2004 pelo seu livro "Gulag: A History, 2003". Membro do Instituto of Advanced International Studies, na Johns Hopkins University School. Em 1992, Applebaum casou-se com Radoslaw Sikorski, que mais tarde viria a ser Ministro da Defesa da Polónia; Ministro dos Negócios Estrangeiros; e Marechal da Sejm. O casal tem dois filhos, Aleksander e Tadeusz. Tornou-se cidadã polaca em 2013. Além do inglês, fala polaco e russo.
Applebaum também escreve sobre a Rússia, sobre o "putinismo", como uma ideologia antidemocrática, embora a maioria no início ainda considerasse o presidente russo um pragmático pró-ocidental. Em um artigo no The Washington Post, em 5 de março de 2014, ela afirmou que os EUA e seus aliados não devem continuar a permitir "a existência de um regime russo corrupto que está a desestabilizar a Europa". As ações do presidente Vladimir Putin violam "uma série de tratados internacionais". Em 2014 no The New York Review of Books, interroga-se sobre "a história mais importante dos últimos vinte anos". E lamenta o fracasso da democracia, com a ascensão de uma nova forma de autoritarismo.
Applebaum faz parte do conselho da National Endowment for Democracy and Renew Democracy Initiative. E foi membro do Conselho Internacional de Administração do Institute for War and Peace Reporting. Bolsista adjunta sénior do Centro de Análise de Políticas Europeias (CEPA), onde coliderou uma grande iniciativa destinada a combater a desinformação russa na Europa Central e Oriental. Fez parte do conselho editorial do The American Interest e do Journal of Democracy.
Applebaum faz parte do conselho da National Endowment for Democracy and Renew Democracy Initiative. E foi membro do Conselho Internacional de Administração do Institute for War and Peace Reporting. Bolsista adjunta sénior do Centro de Análise de Políticas Europeias (CEPA), onde coliderou uma grande iniciativa destinada a combater a desinformação russa na Europa Central e Oriental. Fez parte do conselho editorial do The American Interest e do Journal of Democracy.
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