Johan e seu irmão Cornelis de Witt em Dordrecht
Durante a Guerra Franco-Neerlandesa (1672-1678), uma série de eventos levou os neerlandeses a tomarem medidas extremas para se defenderem dos avanços franceses. Uma dessas medidas foi a inundação das terras baixas, conhecidas como Polders, na Holanda. Os neerlandeses abriram os diques e barragens para inundar vastas áreas de terras baixas, tornando-as intransitáveis para os exércitos franceses e criando uma barreira natural contra sua invasão. Essa estratégia de inundação, conhecida como "inundação deliberada", foi uma tática defensiva eficaz usada pelos neerlandeses para proteger suas terras e dificultar o avanço das forças francesas.
Apesar de causar danos às terras agrícolas e às propriedades locais, a inundação deliberada desempenhou um papel crucial na resistência neerlandesa durante a guerra, contribuindo para a defesa bem-sucedida contra os avanços franceses. Conhecido como o "Rampjaar" (Ano do Desastre), Johan de Witt e seu irmão Cornelis foram alvo de uma multidão enfurecida em Haia. A multidão, composta em parte por partidários do príncipe Guilherme de Orange (futuro rei Guilherme III da Inglaterra), responsabilizou os De Witt pela situação precária da República Holandesa durante a guerra contra a França e seus aliados.
Johan de Witt havia servido como raadpensionaris (pensionário) da República Holandesa por muitos anos e era uma figura polarizadora na política holandesa. Ele e seu irmão foram atacados por uma multidão em Haia, e ambos foram brutalmente assassinados em 20 de agosto de 1672. O assassinato dos De Witt marcou o fim de uma era na política holandesa e teve consequências significativas para o país. O príncipe Guilherme de Orange emergiu como uma figura ainda mais poderosa na República Holandesa após o incidente, e mais tarde ele ascendeu ao trono da Inglaterra como Guilherme III.
Johan de Witt graduou-se em Direito e Matemática, na Universidade de Leiden. Estabeleceu-se em Haia, e em 1653, passou a ocupar o posto de grande pensionário da então província Holanda, tornando-se efetivamente o líder do governo holandês. De Witt passou a ser um dos homens mais importantes da República Holandesa neste período. Sob a orientação de De Witt e De Graeff, a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos passou a cuidar, em 1660, da educação de Guilherme III, Príncipe de Orange, com a finalidade de assegurar-lhe as capacidades necessárias a uma futura função governamental.
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