domingo, 7 de julho de 2024

Depois do Congresso de Viena em 1815



O Congresso de Viena foram várias conferênciasque decorreram de 11 de novembro de 1914 a 9 de junho de 1815 entre monarcas da Europa após as Guerras Napoleónicas. Os países participantes foram: Áustria, Prússia, Rússia, Portugal, Grã-Bretanha e França.

Após o Congresso de Viena em 1815, o Reino da Polónia foi estabelecido como um estado cliente do Império Russo. No entanto, os Romanov não foram "recolocados" na Polónia. O trono da Polónia foi dado a um monarca nomeado pelos russos, que governava em nome do Czar. O Grão-Ducado de Varsóvia, estabelecido por Napoleão, foi dissolvido, e suas terras foram divididas entre o Império Russo, o Reino da Prússia e o Império Austríaco. A Polónia, portanto, em vez de se ter tornado um Estado independente, passou a ser uma entidade subordinada à Rússia.



A Europa depois de 1815

Depois de Napoleão os Habsburgos lideravam uma Confederação Alemã e asseguravam o Norte de Itália 

Após a queda de Napoleão e o Congresso de Viena em 1815, os Habsburgos desempenharam um papel significativo na reorganização da Europa. Eles lideraram a criação da Confederação Germânica, uma associação de estados alemães destinada a garantir estabilidade e segurança na região. Além disso, os Habsburgos receberam mandato sobre partes do Norte da Itália no âmbito do pacto de equilíbrio de poder estabelecido pelo Congresso de Viena. Essas medidas visavam conter o nacionalismo e manter a hegemonia austríaca na Europa Central e no Norte da Itália.

Após a derrota de Napoleão em 1814, os Bourbon foram remetidos ao trono da França. Luís XVIII, membro da Casa de Bourbon, foi proclamado rei da França em 1814, marcando o início da Restauração Bourbon. Esta restauração trouxe de volta a monarquia absoluta e as instituições anteriores à Revolução Francesa em muitos aspectos. No entanto, o retorno dos Bourbon não foi totalmente estável, pois o período do reinado de Luís XVIII foi marcado por tensões políticas e sociais que eventualmente culminaram na Revolução de 1830, que levou novamente à queda dos Bourbon.

Após o Congresso de Viena a Grã-Bretanha manteve o controlo sobre a Colónia do Cabo, localizada na extremidade sul de África, no chamado Cabo da Boa Esperança cujo nome remonta a Bartolomeu Dias. Este navegador português, em 1488, ficou célebre pelofeito de ter sido o primeiroeuropeu a dobrar este caco, ao qual lhe chamou das Tormentes, mas que o rei, Dom João II lhe chamou da Boa Esperança. A Colónia do Cabo era estrategicamente importante devido à sua posição como ponto de paragem imprecindível às rotas marítimas do Atlântico para o Índico, como destino para chegar à Índia. A Grã-Bretanha estava determinada a consolidar a sua influência na região e garantir o controlo sobre as rotas comerciais marítimas.

Napoleão, após o exílio na Ilha de Elba, ainda conseguiu escapar e retornar à França em março de 1815, evento que ficou conhecido como o "Período dos Cem Dias". Ele tentou recuperar o poder, mas foi finalmente derrotado pelas forças aliadas lideradas pelo Duque de Wellington na Batalha de Waterloo, em junho de 1815. Esta derrota marcou o fim definitivo do poder de Napoleão. Desta vez foi exilado na na Ilha de Santa Helena, onde vei a morrer em 1821.

Alexandre Dumas inspirou-se nesta história para o seu romance de grande fôlego: O Conde de Monte Cristo. O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, é uma obra de ficção clássica que incorpora elementos históricos e culturais da época. É possível que Dumas se tenha inspirado em eventos como o ocorrido em Marselha para criar parte da trama de seu romance. A ficção muitas vezes se baseia em eventos reais para adicionar profundidade e autenticidade à história.

Durante o período napoleónico haviam-se operado mudanças significativas nas leis e nas oportunidades económicas para os judeus na Europa. Com o surgimento de ideias de igualdade e liberdade, muitos países começaram a relaxar restrições legais e sociais que haviam sido impostas aos judeus durante séculos. Isso permitiu que alguns judeus prosperassem em áreas como a bancária e o comércio, incluindo investimentos na bolsa de valores. Este período viu o início de uma ascensão económica para certas comunidades judaicas na Europa.

Por outro lado o seu sucesso gerou invejas e novas tensões do medieval racismo antijudaico. O sucesso económico dos judeus durante esse período também gerou inveja e ressentimento entre algumas pessoas e comunidades. O antissemitismo, que já existia historicamente na Europa, ressurgiu em várias formas, alimentado pelo medo da concorrência económica, preconceitos religiosos e políticos e até mesmo por razões sociais. Essas tensões resultaram em episódios de discriminação, violência e restrições legais em algumas áreas, mostrando que, apesar das mudanças positivas, o antissemitismo persistia em muitas partes da sociedade europeia.

Nathan Rothschild e o seu cunhado Montefiore faziam campanha pelos direitos dos judeus. Nathan Rothschild e seu cunhado Moses Montefiore foram figuras proeminentes na comunidade judaica e estiveram envolvidos em várias iniciativas para promover os direitos e interesses dos judeus durante o século XIX. Ambos eram conhecidos por seu sucesso financeiro e influência nos círculos políticos e sociais da época. Eles dedicaram parte de seus recursos e esforços para defender a igualdade de direitos civis, religiosos e económicos para os judeus em diferentes países europeus. Suas campanhas e ativismo desempenharam um papel importante na luta contra o antissemitismo e na promoção da igualdade.


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