sexta-feira, 26 de julho de 2024

Os Identitários




A Nova Direita Identitária é um termo utilizado para descrever um conjunto de movimentos políticos contemporâneos que emergiram no final do século XX e início do século XXI, geralmente caracterizados por sua oposição ao status quo político e social estabelecido. Embora suas características variem conforme o contexto nacional, alguns traços comuns podem ser observados: nacionalismo e populismo; ceticismo em relação à globalização; posturas conservadoras; críticas ao multiculturalismo; manipulação da informação nas redes sociais.

A Nova Direita frequentemente enfatiza o nacionalismo e adota uma retórica populista, opondo-se às elites políticas e defendendo os interesses do "povo comum". Há uma forte crítica à globalização económica e cultural, que é vista como prejudicial às identidades e economias nacionais. A Nova Direita promove valores conservadores em questões sociais, como a religião e a família tradicional. A Nova Direita tende a se opor ao multiculturalismo, argumentando que ele enfraquece a coesão social e a identidade nacional. Esses movimentos utilizam extensivamente as redes sociais para mobilização, divulgação de suas ideias e combate ao que chamam de mainstream.

Recentemente, na sequência das últimas eleições para o Parlamento Europeu, a extrema-direita reagrupou-se de uma nova forma com o Patriotas pela Europa - passando a constutuir o teceiro maior agrupamento da 10ª Legislatura do Parlamento Europeu. É um grupo político populista de direita e soberanista, que foi anunciado numa conferência de imprensa em Viena, em 30 de junho de 2024 pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán (Fidesz), pelo antigo primeiro-ministro checo Andrej Babiš, e o ex-ministro do Interior da Áustria, Herbert Kickl e pelo eurodeputado Harald Vilimsky (ambos do Partido da Liberdade da Áustria). O grupo inclui quase todos os ex-membros do Partido Europeu Identidade e Democracia.

Exemplo de outros partidos que se podem incluir sob o guarda-chuva da Nova Direita, que são também designados pelo termo “Identitários”, incluem o atual Rassemblement National na França, a Liga na Itália, o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP) e o movimento MAGA nos Estados Unidos, associado a Donald Trump. Esses grupos têm ganhado influência política significativa, refletindo uma reação às mudanças sociais e económicas dos últimos anos. Por conseguinte, os Identitários são um movimento político que faz parte da Nova Direita, com raízes na Europa, particularmente na França, onde surgiu o movimento Génération Identitaire. Eles são conhecidos por suas posições em defesa da identidade étnica e cultural europeia, pela oposição à imigração em massa, e oposição ao multiculturalismo. As principais características dos Identitários incluem: Defesa da Identidade Étnica e Cultural; Anti-Islamismo; Nacionalismo; Rejeição ao Multiculturalismo; Ações Militantes e Simbólicas; Uso Eficaz das Redes Sociais.

Os Identitários promovem a preservação das identidades culturais e étnicas dos povos europeus, argumentando que a imigração em massa ameaça essas identidades. Frequentemente se opõem ao islamismo, vendo-o como uma ameaça à cultura e valores europeus. Advogam por políticas nacionalistas que enfatizam a soberania nacional e a preservação das culturas nacionais. Criticam o multiculturalismo como uma ideologia que dilui as identidades culturais e étnicas, promovendo a assimilação de imigrantes ao invés da integração harmoniosa. Os Identitários realizam protestos simbólicos e campanhas mediáticas para chamar a atenção para as suas causas. Por exemplo, ocupações de mesquitas ou bloqueios de fronteiras para protestar contra a imigração. Assim como outros grupos da Nova Direita, os Identitários utilizam as redes sociais para organizar eventos, disseminar sua mensagem e recrutar novos membros. O movimento Identitário
espalhou-se para outros países europeus e, em menor medida, para outras partes do mundo, adaptando suas mensagens ao contexto local. Eles atraem principalmente jovens que estão insatisfeitos com o status quo político buscando uma identidade clara e um forte sentido de pertença.

Nova Direita busca oferecer uma alternativa ao liberalismo e ao socialismo tradicionais, propondo uma visão de mundo baseada na preservação das identidades culturais e na crítica às forças uniformizadoras da modernidade e da globalização. Há algumas áreas de coincidência entre as ideias da Nova Direita e as "posições defendidas por alguns dos Partidos Comunistas europeus contemporâneos". No entanto não se devem confundir as suas motivações e fundamentos ideológicos. Tanto a Nova Direita como muitos Partidos Comunistas criticam a globalização económica e o neoliberalismo. Ambos veem a globalização como um fenómeno que favorece grandes corporações e elites financeiras à custa dos trabalhadores e das comunidades locais. É comum a crítica ao poder das multinacionais e à destruição das economias locais. Ambos defendem a soberania nacional. 

Os partidos comunistas frequentemente argumentam que a soberania nacional é essencial para proteger os trabalhadores. A proteção das identidades culturais e a resistência à hegemonia cultural do capitalismo fast food norte-americano é essencial. Portanto, Nova Direita e Partidos Comunistas são críticos do liberalismo político e económico. Existe uma valorização das comunidades locais e da descentralização do poder, mas enquanto para a Nova Direita isso está ligado à preservação das culturas locais, para os partidos comunistas a questão está na organização das bases e no empoderamento dos trabalhadores. No entanto, é importante destacar que essas coincidências são mais superficiais do que profundas. As bases ideológicas e os objetivos finais dos dois grupos são bastante divergentes nas suas bases ideológicas e nos seus objetivos finais. 

Por outro lado, não devemos confundir os Partidos Comunistas com o partido de Jean-Luc Mélenchon - La France Insoumise. Este uma posição política distinta que pode ser interpretada de várias maneiras, mas é importante destacar alguns pontos para uma compreensão precisa. Embora La France Insoumise tenha elementos antiautoritários e críticas à centralização do poder, eles não se identificam como anarquistas. O movimento busca uma transformação democrática e social dentro do sistema, ao invés de uma abolição total do Estado, como os anarquistas tradicionalmente defendem. Mélenchon e seu partido promovem a ideia de uma "Revolução Cidadã", que envolve formas mais participativas e diretas de democracia. Isso inclui referendos, assembleias populares e maior poder de decisão para os cidadãos, mas ainda dentro de um quadro institucional. 

Há críticas e controvérsias associadas a alguns membros do partido e suas declarações sobre Israel e o sionismo, que alguns críticos interpretam como antissemitas. Mélenchon e seu partido argumentam que suas críticas são direcionadas à política do Estado de Israel e não aos judeus como grupo religioso ou étnico. La France Insoumise apoia os direitos dos palestinos e critica as políticas do governo de Benjamin Netanyahu. Isso tem levado a tensões com grupos pró-Israel, mas eles insistem que essa posição é uma questão de direitos humanos e justiça internacional. 

O partido de Mélenchon é geralmente classificado como de esquerda radical, com uma plataforma que inclui redistribuição de renda, proteção ambiental, redução da jornada de trabalho, aumento dos direitos dos trabalhadores e reforma das instituições democráticas. Mélenchon é crítico das políticas neoliberais da União Europeia, mas não é um nacionalista no sentido tradicional. Ele advoga por uma Europa dos povos e por políticas que devolvam a soberania aos estados-membros sem romper completamente com a UE. La France Insoumise é um partido complexo, com influências de várias tradições da esquerda, incluindo o socialismo democrático e o ecossocialismo. A sua postura contra o antissemitismo é clara, embora as suas críticas a Israel possam ser controversas. Sua ênfase em formas participativas de democracia distingue-se do anarquismo clássico, posicionando-se mais como uma força reformista radical dentro do sistema democrático.

Nova Direita frequentemente vê o Islão como uma ameaça à identidade cultural e aos valores europeus. Essa crítica se manifesta tanto em termos culturais como políticos, com uma forte oposição à imigração muçulmana. Muitos na Nova Direita consideram o islamismo um inimigo civilizacional que deve ser combatido para preservar a cultura e os valores ocidentais. Essa visão é frequentemente articulada em termos de um choque de civilizações. Ao passo que os partidos comunistas europeus, de modo geral, tendem a adotar uma posição neutra ou até de apoio em relação ao Islão e aos muçulmanos, especialmente no contexto da imigração. Os comunistas veem os trabalhadores muçulmanos como parte do proletariado global, que se deve unir na luta contra o capitalismo. Assim, os comunistas enfatizam a solidariedade de classe acima das divisões religiosas e culturais. Os partidos comunistas geralmente se posicionam contra qualquer forma de discriminação religiosa e racial, opõem-se à islamofobia, vendo isso como uma estratégia das elites para dividir a classe trabalhadora.

 A Nova Direita é movida por uma preocupação com a preservação da identidade cultural e étnica, enquanto os comunistas se focam nas lutas económicas e sociais, com menos ênfase nas identidades culturais e religiosas. É nacionalista, preocupada com a soberania nacional e a identidade cultural específica, enquanto os comunistas são internacionalistas, preocupados com a união dos trabalhadores de todas as nações contra o capitalismo. A Nova Direita frequentemente advoga por políticas de imigração restritivas, especialmente em relação a imigrantes muçulmanos, enquanto os partidos comunistas geralmente defendem políticas de imigração mais abertas e a proteção dos direitos dos imigrantes. O discurso da Nova Direita tende a incluir retórica anti-islâmica, enquanto os partidos comunistas se focam em temas de justiça social e económica, evitando ou condenando retóricas que possam ser vistas como islamofóbicas. Essas diferenças refletem as distintas prioridades e fundamentos ideológicos de cada grupo, apesar de algumas coincidências superficiais em suas críticas à globalização e ao neoliberalismo.

Alain de Benoist é um filósofo e escritor francês, frequentemente associado à Nouvelle Droite (Nova Direita na França). Suas ideias são complexas e abrangem várias áreas da política, filosofia e cultura. Algumas das principais ideias de Alain de Benoist incluem: Crítica à Modernidade e ao Liberalismo; Identidade e Comunidade; Crítica à Globalização. Benoist é crítico da modernidade, especialmente do liberalismo económico e político, que ele vê como promotores de uma cultura homogénea e consumista que destrói as identidades culturais. Ele argumenta que o liberalismo leva à atomização social, à perda de coesão comunitária e à dominação do mercado sobre todas as esferas da vida. Benoist defende a importância das identidades culturais e étnicas, argumentando que a diversidade cultural é uma riqueza que deve ser preservada. Promove uma visão comunitarista da sociedade, onde as comunidades locais e regionais têm um papel central na vida social e política. É um crítico feroz da globalização, que considera uma força destrutiva para as culturas locais e a soberania nacional. A globalização, na visão de Benoist, promove um mundo unidimensional dominado por valores mercantilistas e pela hegemonia cultural ocidental, especialmente americana. 


Benoist opõe-se ao multiculturalismo de Estado e à imigração em massa, argumentando que eles ameaçam a coesão social e a identidade cultural dos países europeus. Defende políticas que promovam a integração dos imigrantes nas culturas locais em vez de promover a coexistência de múltiplas culturas dentro de um mesmo território. Mostra interesse em reviver tradições pagãs e pré-cristãs da Europa, como uma forma de resistir ao que ele vê como a homogeneização cultural imposta pelo cristianismo e pela modernidade. Advoga por uma sociedade secular onde a religião não domine a esfera pública, mas as tradições culturais podem ser celebradas e mantidas. Propõe a substituição da democracia representativa por formas de democracia direta e participativa, onde os cidadãos têm um papel mais ativo na tomada de decisões. Benoist também defende um federalismo integral, onde as regiões têm maior autonomia e poder em relação ao governo central, permitindo uma governança mais próxima das necessidades e desejos das comunidades locais.

Alain de Benoist baseia as suas ideias em um conjunto de valores culturais e identitários que rejeitam o igualitarismo universalista. Ele é fortemente influenciado pelo comunitarismo e pelo paganismo europeu. Os partidos comunistas, por outro lado, são fundamentados no marxismo, que promove o internacionalismo proletário, a abolição das classes sociais e a luta contra o capitalismo. Benoist visa a preservação das identidades culturais europeias e a resistência à homogeneização cultural. Os comunistas buscam a revolução socialista, a abolição da propriedade privada dos meios de produção, e a construção de uma sociedade sem classes. Embora haja pontos de interseção nas críticas à globalização e ao neoliberalismo, as diferenças fundamentais em termos de ideologia e objetivos fazem com que as semelhanças entre Alain de Benoist e os partidos comunistas europeus sejam limitadas e contextuais. Por isso também há diferenças significativas entre a Nova Direita, representada por figuras como Alain de Benoist, e os partidos comunistas europeus.

Guillaume Faye foi um escritor e teórico francês conhecido por suas ideias e publicações sobre temas como identidade europeia, etnopluralismo, e o futuro da Europa. Nascido em 7 de novembro de 1949 e falecido em 6 de março de 2019, Faye foi uma figura controversa associada a movimentos da Nova Direita europeia e fundador da Nouvelle Droite na França.

Um cartaz polaco contra o multiculturalismo, citando Guillaume Faye e seu conceito de "etnomasoquismo".

Faye defendia a preservação da identidade cultural e étnica europeia contra o que ele via como ameaças, incluindo imigração em massa e globalização. Ele promoveu a ideia de etnopluralismo, que sugere que diferentes grupos étnicos e culturais devem ser preservados, mas que devem viver separados para evitar conflitos e preservar suas respetivas identidades. Faye alertou sobre o que ele chamava de "islamização" da Europa, afirmando que a imigração de países muçulmanos poderia transformar significativamente a demografia e a cultura europeias. Entre suas obras mais conhecidas estão "L'Archéofuturisme" (1998) e "La Colonisation de l'Europe" (2000), nas quais expõe suas visões sobre o futuro da Europa e os desafios que ela enfrenta. Faye foi uma figura polarizadora, acusado por críticos de promover ideias racistas e xenófobas. Seus seguidores, no entanto, o consideram um pensador visionário preocupado com a sobrevivência cultural e demográfica da Europa. Guillaume Faye é um exemplo de um pensador cuja obra suscita debates intensos sobre identidade, cultura e política na Europa contemporânea.

Pierre Vial, nascido em 25 de dezembro de 1942, é uma figura destacada nos círculos nacionalistas franceses e europeus. É historiador e medievalista, tendo lecionado em universidades francesas. Sua formação académica deu-lhe uma base sólida para seus escritos e ideias sobre identidade cultural e história europeia. Ele é um dos fundadores do movimento GRECE (Groupement de Recherche et d'Études pour la Civilisation Européenne), uma organização influente da Nova Direita fundada em 1968, que promove uma visão europeísta e etnopluralista da civilização. Vial defende a preservação das identidades culturais e étnicas europeias, argumentando contra a globalização e a imigração em massa. 

Pierre Vial em 2012

Pierre Vial acredita que cada grupo étnico deve preservar sua identidade e viver em seu próprio espaço cultural. Tal como Guillaume Faye, Vial promove a ideia de etnopluralismo, que sustenta que diferentes culturas e etnias devem coexistir separadamente para evitar conflitos e preservar suas respectivas identidades. Vial é associado a várias publicações e organizações de direita e nacionalistas na França. Ele tem escrito extensivamente sobre história europeia, identidade cultural e política. Como outros intelectuais da Nova Direita, Vial é uma figura controversa, acusado por críticos de promover ideias xenófobas e racistas. Seus apoiantes, no entanto, veem suas ideias como uma defesa necessária da identidade e cultura europeias. Pierre Vial continua a ser uma figura influente e polarizadora no panorama político e intelectual europeu, especialmente entre aqueles preocupados com questões de identidade cultural e demográfica.

Terre et Peuple (T&P ou TP) é um grupo de identidade fundada em novembro de 1994 pelo historiador medieval Pierre Vial, uma antiga figura da GRÉCIA4 e ex-membro da Frente Nacional. Foi lançado oficialmente em abril de 1995 com um escritório composto por Vial, Christophe Bordon da Renovação Estudantil e Pierre Giglio, da Frente Nacional. Defendendo reflexões metapolíticas que o tornaram uma estrutura do movimento identitário, ele reivindica o paganismo, "identidades enraizadas" e reivindica a herança intelectual da Revolução Conservadora Alemã, particularmente seu chamado movimento völkisch. A Terre et Peuple pretende atuar principalmente no nível cultural e não participa das eleições. Em 2007, este pequeno grupo reuniu cerca de 200 pessoas na França.

Pierre Vial funda em 1994 a revista "Terre et Peuple", uma publicação francesa associada aos Identitários e à Nova Direita. Os Identitários como corrente de pensamento que enfatiza a preservação das identidades culturais e étnicas europeias. A revista aborda temas como etnopluralismo, identidade europeia, crítica ao multiculturalismo, defesa das tradições e heranças culturais da Europa. "Terre et Peuple" é conhecida por sua posição contra a globalização e a imigração em massa, defendendo a ideia de que cada povo deve preservar e cultivar a sua própria identidade cultural e étnica. A revista também frequentemente critica as políticas de integração e a homogeneização cultural promovidas por governos e instituições supranacionais. A publicação é um ponto de encontro para intelectuais, escritores e ativistas que compartilham essas ideias, oferecendo artigos, ensaios e análises sobre política, história, cultura e sociedade dentro desse contexto ideológico.

Tudo isto são preocupações sobre a identidade biocultural europeia frente ao inverno demográfico e ao aumento da migração de povos islâmicos com altas taxas de natalidade. É a baixa taxa de natalidade em muitos países europeus, acompanhando uma população envelhecida, que preocupa devido ao potencial declínio da Europa como cultura. A imigração seria a única solução para evitar a decadência. Mas o problema é que a imigração é proveniente na sua maioria de países com populações predominantemente islâmicas, com uma cultura não apenas diferente da cultura cristã europeia, mas culturas que são frontalmente hostis. Os europeus que pensam as ideias da Nova Direita, ou dos Identitários, veem que a longo prazo a Europa vai descaracterizar-se na medida das taxas de natalidade mais altas das populações islâmicas. A identidade biocultural sofrerá uma transformação radical inevitavelemente. E essas pessoas com sentimento de nativos europeus não gostam disso. Temem que a imigração e as diferentes taxas de natalidade diluam a cultura europeia tradicional. As discussões sobre como integrar novos imigrantes sem perder aspetos fundamentais da identidade cultural europeia são intensas. O debate - entre o multiculturalismo que preserva as culturas de origem / versus / assimilação por adoção do imigrante da cultura dominante - é o debate entre universalistas e nacionalistas. É um debate de grande complexidade porque reúne pontos de vista contraditórios, que inclui: aspetos económicos, sociais, culturais e políticos, refletindo as diversas perspetivas sobre como vai ser a futura identidade da Europa.

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