quinta-feira, 4 de julho de 2024

O século XIX e o tempo dos autocratas




Nicolau I da Rússia

Nicolau I da Rússia, irmão de Alexandre I, foi conhecido por consolidar o poder autocrático na Rússia durante o século XIX. Ele reforçou o controlo do governo sobre a sociedade e implementou políticas conservadoras que limitavam a liberdade individual. Nicolau I abraçou uma missão imperial. Nicolau I acreditava firmemente no conceito de "autocracia iluminada", onde ele via o seu papel como imperador como uma missão divina para governar e modernizar o império russo. Ele buscava promover o poder imperial e expandir a influência russa tanto a nível interno como no cenário internacional.

Nicolau I esmagou a revolta polaca em 1830. Nicolau I enfrentou uma grande revolta na Polónia em 1830, que buscava a independência do domínio russo. Ele reprimiu brutalmente essa revolta, demonstrando sua determinação em manter o controlo sobre as regiões sob o domínio russo. É verdade que durante o reinado de Nicolau I da Rússia, houve expansão russa no Cáucaso, incluindo a região que é hoje a Chechénia. A área estava sob domínio persa, e a Rússia gradualmente a anexou ao longo do século XIX, culminando no Tratado de Turkmenchay de 1828, que formalizou a cedência da região à Rússia por parte do Império Persa. Este foi parte do processo de expansão russa no Cáucaso, que teve implicações significativas para as populações locais e para a geopolítica da região.



Luís Filipe de França

Em 1830, houve a Revolução de Julho na França, que resultou na queda do regime monárquico de Carlos X e na ascensão de Luís Filipe. Esse evento marcou o fim da Restauração Bourbon na França e o início do período conhecido como Monarquia de Julho, que durou até à Revolução de 1848. Luís Filipe governou como um monarca constitucional, tentando equilibrar as demandas da classe média com os interesses da aristocracia. Luis Filipe era conhecido por promover uma imagem de "rei-cidadão", tentando se retratar como um monarca próximo do povo.



James Rothschild
fundador do ramo francês dos Rothschild

A família Rothschild, em particular James Rothschild, desempenhou um papel significativo no financiamento e desenvolvimento da indústria ferroviária na França durante o século XIX. Eles investiram em várias empresas ferroviárias e foram importantes impulsionadores do crescimento desse setor. Além disso, é conhecido que a família Rothschild tinha interesse na produção de vinhos, incluindo os vinhos Château Lafite, que eram altamente valorizados. Suas conexões financeiras e investimentos em diferentes setores frequentemente se entrelaçavam.

Houve especulações de que o personagem Vautrin em "Le Père Goriot" de Balzac foi inspirado em James Rothschild. Vautrin é retratado como um homem influente e astuto, cujas origens e riqueza são misteriosas, características que alguns associaram com James Rothschild. No entanto, Balzac nunca confirmou oficialmente essa inspiração, e é difícil afirmar com certeza.



Leopoldo I, rei dos Belgas
por Samuel William Reynolds


Leopoldo I foi o primeiro rei que se deve dizer dos Belgas, e não da Bélgica. Ele reinou de 1831 até à sua abdicação em 1865. O título de "rei dos Belgas" foi escolhido para indicar a natureza constitucional e limitada de sua autoridade, em contraste com os monarcas absolutos de outras épocas. Tanto Luís Filipe, como rei dos franceses durante a Monarquia de Julho na França, como Leopoldo I desempenharam papéis importantes na estabilização de seus países durante seus reinados. Eles trabalharam para promover o desenvolvimento económico, político e social, contribuindo para a estabilidade interna de suas nações.

Leopoldo era da família de Saxe-Coburgo e Gotha, uma casa nobre europeia com fortes laços históricos com várias monarquias, incluindo a família real britânica e portuguesa. Fernando II (nome completo em alemão: Ferdinand August Franz Anton Koháry von Sachsen-Coburg-Goth [Viena, 29 de outubro de 1816 – Lisboa, 15 de dezembro de 1885) foi o segundo marido da rainha D. Maria II e Príncipe Consorte de Portugal, de 1836 até 1837, altura em que se tornou Rei de Portugal e Algarves por direito de sua esposa. Era o filho mais velho do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota e da sua esposa, a princesa Maria Antónia de Koháry.


Fernando II de Portugal

Durante esse período, em que a Grécia estava sob o domínio otomano, houve vários levantamentos e revoltas gregas contra o domínio turco. O sultão Mahmud II foi obrigado a suprimir essas revoltas para manter o controlo sobre a região. Esses eventos foram parte do movimento pela independência grega, que eventualmente levou à guerra de independência grega no século XIX. Durante a guerra de independência grega, os gregos buscaram apoio internacional para combater o domínio otomano. Eles receberam ajuda significativa da Rússia, França e Inglaterra, que viram a oportunidade de enfraquecer o Império Otomano e expandir a sua influência na região. Essas potências forneceram apoio militar, diplomático e, em alguns casos financeiro, que permitiu aos gregos aguentar a guerra na sua luta pela independência.

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