Desde o século XVI que havia entre os alemães eruditos um melindre a propósito de haver comunidades germânicas, como os Saxões da Transilvânia, que estavam separadas, mas que também eram da mesma cultura e falavam a mesma língua. Ao longo da sua história, a Transilvânia foi dominada por diferentes povos e estados. No início do século II a.C., sob o governo de Rubobostes, um rei Dácio da Transilvânia, o poder dos dácios na Planície da Panónia, a região entre os Cárpatos, os Alpes Dináricos e os Balcãs, aumentou com a derrota dos Celtas que anteriormente detinham o poder na região. Existia um reino da Dácia, pelo menos, desde o início da primeira metade do século II a.C. sob o governo do rei Oroles. De facto, os dácios pareciam tão formidáveis que Júlio César considerou a possibilidade de enviar uma expedição contra eles, só não aconteceu porque entretanto foi assassinado. Por volta da mesma época, Burebista foi assassinado, e o reino foi dividido em quatro (ou cinco) partes sob o comando de governantes separados. Os Dácios eram o tal povo germânico que foi dominado pelos Romanos, mencionados no filme "O Gladiador", e da narrativa do post anterior.
Para pôr um fim a esse desonroso arranjo, ou talvez para restaurar as finanças do Império Romano com a captura do famoso Tesouro de Decébalo, Trajano resolveu conquistar a Dácia para assim controlar as minas de ouro dácias da Transilvânia. O resultado da primeira campanha (101–102) foi o cerco da capital dácia, Sarmizegetusa, e a ocupação de parte do país. A segunda campanha (105–106) obteve o suicídio de Decébalo e a conquista do território que formaria a província romana: Dácia Trajana. A história da guerra é apresentada por Dião Cássio, mas o melhor comentário sobre a mesma é a famosa Coluna de Trajano em Roma. O domínio romano, contudo manteve-se precário. Adriano, ciente da dificuldade em mantê-lo, considerou o abandono do país. Só não aconteceu, considerando a segurança que era preciso manter dos numerosos colonizadores romanos. No governo de Galiano (256), os godos atravessaram os Cárpatos e expulsaram os romanos da Dácia, com a exceção de alguns locais fortificados entre os rios Tímis e Danúbio. Nenhum detalhe do evento foi registado, apenas em Festo: "no governo do imperador Galeno a Dácia foi perdida". Após 256 as inscrições e moedas romanas desaparecem. Aureliano (270–275) retirou todas as tropas e fixou a fronteira romana no Danúbio. Uma nova Dácia Aureliana foi reorganizada ao sul do rio Danúbio, com a capital em Sérdica = Sófia, atualmente a capital búlgara. Após a retirada dos romanos a Transilvânia foi invadida por uma sucessão de tribos, nomeadamente: carpos, visigodos, hunos, gépidas, avaros e eslavos.
A percentagem da maioria romena aumentou significativamente desde a declaração da união com a Roménia depois da Primeira Guerra Mundial, em 1918. A proporção de magiares na região entrou num declínio acentuado à medida que mais habitantes das zonas rurais migraram para zonas urbanas, onde a pressão para a assimilação e "romenização" era maior. A expropriação de propriedades rurais de magnatas magiares, a distribuição de terras a camponeses romenos e a política cultural de romenização que se seguiu ao Tratado de Trianon, 1920, causaram atritos entre a Hungria e a Roménia. Outros fatores incluíram a emigração de populações não romenas, assimilação e migração interna dentro do território romeno. Estima-se que entre 1945 e 1977, 630.000 pessoas migraram do chamado Velho Reino (os territórios do Reino da Roménia até 1918) para a Transilvânia; e 280.000 emigraram da região para outras áreas da Roménia, principalmente para Bucareste.
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