sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Gana





Gana, oficialmente República do Gana, é um país da África Ocidental, limitado a norte pelo Burquina Fasso, a leste pelo Togo, a sul pelo Golfo da Guiné e a oeste pela Costa do Marfim. A capital e maior cidade do Gana é Acra. A palavra Gana significa "guerreiro" e é derivada do nome do antigo Império do Gana.

O Gana foi habitado em tempos pré-coloniais por antigos reinos dos acãs como o Reino Bono e o Império Axante. Antes do contacto com os europeus, o comércio entre os acãs e vários estados africanos floresceu devido à riqueza do ouro acã. O comércio com os países europeus começou após o contacto com os portugueses a partir do século XV. Os ingleses estabeleceram a Costa do Ouro como colónia em 1874. Portugal estabeleceu ali a sua Costa do Ouro, dada a grande disponibilidade de ouro para as trocas com o tráfico escravo. Os portugueses construíram um pavilhão comercial num assentamento costeiro já existente de nome Anomansah, e que foi rebatizado para São Jorge da Mina (atual Elmina).


Em 1481, Dom João II de Portugal encomendou a Dom Diogo d'Azambuja a construção do Castelo de São Jorge da Mina, que foi concluído em três anos. Em 1598, quando Portugal se encontrava sob domínio Filipino Espanhol, os holandeses com o apoio dos portugueses deitaram mão ao comércio do ouro com o Nederlandse Bezittingen ter Kuste van Guinea. Construiram fortes em Fort Komenda e Kormantsi. Em 1617, os holandeses invadiram o Castelo Olnini, pertencente aos portugueses, ocupando também o Forte de Santo António de Axim em 1642.

Outros comerciantes europeus aderiram ao comércio do ouro em meados do século XVII, principalmente os suecos, estabelecendo a Costa do Ouro Sueca (Svenska Guldkusten), e o Reino da Dinamarca e Noruega, estabelecendo a Costa do Ouro Dinamarquesa (Danske Guldkyst ou Dansk Guine). Os comerciantes portugueses, impressionados com os recursos de ouro na área, batizaram a região como Costa do Ouro. Também a partir do século XVII - além do comércio de ouro - comerciantes portugueses, holandeses, ingleses e franceses passaram a participar do comércio de escravos no Atlântico nesta área. 
A Costa do Ouro alcançou a independência do Reino Unido em 1957, e se tornou a primeira nação africana a libertar-se do colonialismo europeu. O nome "Gana" foi escolhido para a nova nação em memória do antigo Império do Gana, que se estendia por grande parte da África Ocidental.

O Gana é hoje um membro da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, a Organização das Nações Unidas, a Comunidade das Nações, a União Africana, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e um membro associado da Francofonia. Gana é um dos maiores produtores de cacau do mundo e é também onde se situa o Lago Volta, o maior lago artificial do mundo em superfície.




Jerry Rawlings foi um líder político do Gana, que teve um impacto significativo na história do país. Ele liderou dois golpes militares bem-sucedidos no Gana, em 1979 e 1981, antes de finalmente se tornar presidente democraticamente eleito em 1992. Embora haja argumentos de que Jerry Rawlings deixou o Gana numa posição relativamente estável após os dois mandatos presidenciais, sua presidência foi controversa. Durante seu governo, ele implementou reformas económicas e democráticas significativas que contribuíram para o desenvolvimento do país, mas também enfrentou críticas por questões de direitos humanos e corrupção. A caracterização do Gana como "próspera e democrática" após seu mandato pode ser uma simplificação excessiva da complexa realidade política e económica do país. É importante considerar uma variedade de perspectivas ao avaliar o legado de Rawlings.

Criticado por questões relacionadas com os direitos humanos, também foi acusado de ter faltado aos compromissos de uma democracia durante seu governo. Após ter renunciado, ele manteve uma influência política considerável como "Líder da Nação" e continuou a desempenhar um papel ativo na política.



Rawlings foi fundamental na promoção da estabilidade política e económica no Gana durante o seu mandato, embora também tenha sido criticado por violações dos direitos humanos. Na foto tirada aquando da visita da embaixadora Sullivan a Rawlings, em 2019, depois de apresentar as suas credenciais oficiais ao presidente Akufo-Addo. 

Ele faleceu em novembro de 2020, deixando um legado complexo e controverso na história do seu país e da África.

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