segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Tumultos britânicos comentados em língua de pau





Keir Starmer convocou uma reunião urgente para falar sobre os tumultos violentos que estão tomando várias cidades do país e causando centenas de prisões. Ontem, dois hotéis, usados ​​para abrigar requerentes de asilo, foram atacados.

A motivação do protesto foi o assassinato de três jovens à facada por parte de um jovem de 17 anos, mas as causas são mais profundas, relacionadas com o mal-estar social que se tem vindo a agravar devido ao imparável movimento migratório ilegal de indivíduos oriundos do Médio Oriente e África subsariana. “Seja qual for a motivação aparente, isso não é protesto. É pura violência e não toleraremos ataques a mesquitas ou às nossas comunidades muçulmanas. A força total da lei será aplicada a todos aqueles que forem identificados", declarou Starmer. Portanto, este último assassinato é mais aquela gota que transborda de um copo que já está cheio há muito.

A "língua de pau" é um termo usado para descrever um estilo de comunicação política que é altamente padronizado, vazio e repleto de clichês e jargões, sem oferecer conteúdo substancial ou respostas claras. Essa forma de comunicação é comum em discursos de políticos e comunicados oficiais, onde as palavras são cuidadosamente escolhidas para evitar controvérsias, mas acabam por não transmitir as verdadeiras questões que estão em causa. Hoje temos as redes sociais, a ampliarem ainda mais as "línguas de pau". Comentários políticos que utilizam frases feitas, slogans e retórica vazia para atrair atenção ou apoio, mas que falham em abordar questões concretas ou em apresentar argumentos bem fundamentados. Não passam da superficialidade numa espécie de espuma.
“Como Keir disse, como toda a pessoa decente disse, eles são bandidos de extrema-direita que atacaram algumas das pessoas mais vulneráveis ​​em nossas comunidades e não há absolutamente nenhuma desculpa para isso. Não há justificação para tentar queimar até à morte 200 das pessoas mais vulneráveis ​​em nossa comunidade”.
Os manifestantes são membros de um movimento político e cultural mais vasto na Europa, e que enfatiza a identidade étnica e cultural como um elemento central de sua ideologia. O movimento identitário defende a preservação das tradições, cultura e identidade étnica dos povos nativos europeus. Associado a ideologias de extrema-direita, é criticado pelo seu racismo islamofóbico. Eles rejeitam essas acusações, alegando que o que está em causa é a preservação cultural e não o ódio. O seu ideário pode ser resumido:
Preservação Cultural e Étnica: argumentam que as culturas europeias tradicionais estão ameaçadas pela globalização, imigração em massa e a erosão de valores tradicionais.

Oposição à Imigração em Massa: Eles são fortemente contra a imigração em larga escala, que consideram uma ameaça à coesão social e à identidade nacional.

Soberania Nacional: Defendem a autonomia e a soberania dos estados-nação, resistindo à influência de organizações supranacionais como a União Europeia.

Crítica ao Multiculturalismo: veem o multiculturalismo como uma ideologia que dilui as identidades culturais e promove conflitos entre diferentes grupos étnicos.

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