segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Çatalhüyük




As primeiras cidades, como prenúncio da civilização no sentido convencional, nasceram no oitavo milénio a.C., ainda durante o Neolítico, numa região que vai da Turquia até ao Egito, passando pela Síria, Iraque, Jordânia e Israel. É a chamada área do Médio Oriente, por vezes chamado Próximo opriente, que engloba também a Anatólia. Na Anatólia, é o caso de Çatalhüyük, na zona da bacia de Konya, no centro da Turquia. 




Há duas colinas que se erguem acima da planície quase árida, separada pelo leito do rio Carsamba, hoje seco. É este o local onde outrora se situava Çatalhüyük, que em turco significa “colina da bifurcação. No período neolítico, entre 7.400 e 6.000 a.C. viveram aqui mais de 8000 pessoas distribuídas por 2000 casas, numa área de implantação superior a 12 hectares.

A característica mais surpreendente de Çatalhüyük é o facto de não ter ruas. As casas eram construídas tão juntas que formavam uma única massa compacta, e tanto o acesso a cada casa como as deslocações pela cidade faziam-se pelos telhados. Isto até custa a acreditar. Eram construídos com tijolos de lama seca e com barrotes de madeira a suportar as coberturas. Não existiam janelas ou portas laterais. Os mortos eram sepultados mesmo por baixo do solo da sala.

Os habitantes de Çatalhüyük utilizavam obsidiana (vidro vulcânico) para fazer instrumentos afiados e funcionais. Também se dedicavam à cerâmica e tecelagem.



A Rainha dos leopardos – esta escultura de uma mulher sentada numa cadeira e ladeada por dois leopardos foi encontrada dentro de um recipiente de cereais. Pode ter sido aí colocada para propiciar fertilidade.

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