Na figura está o Mecanismo original séc. II a.C., que se encontra em exposição na Coleção do Bronze do Museu Arqueológico Nacional de Atenas. E um exemplo das várias reconstituições experimentais, esta de 2007.
Este intrincado mecanismo insinua que a matemática grega antiga não era apenas teórica, ou mística, como a dos pitagóricos, mas também desenvolveu a vertente da matemática aplicada. Os pitagóricos têm em certos círculos académicos muito má fama, por terem adotado uma numerologia muito maluca, ao ponto de considerarem o 2 “Macho” e o 3 “Fêmea” E isto induziu em erro muitos historiadores da matemática, ao acreditarem que a matemática grega perseguia um fim em si mesmo, e não constituía, portanto, uma ferramenta.
Além disso, apesar de Arquimedes, o putativo autor do Mecanismo de Anticítera, ter sido pupilo de Euclides, e ter mostrado as suas habilidades matemáticas aplicadas a poderosas máquinas de guerra, a verdade é que os Elementos de Euclides também não tinham contemplado nenhum aspeto prático da matemática aplicada.
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